Shein vai inaugurar seu primeiro escritório no Brasil

Anúncio é feito em meio a taxação do governo federal contras as verejistas chinesas

A Shein anunciou que vai inaugurar o seu primeiro escritório em solo brasileiro. O local fica em São Paulo, na Avenida Brigadeiro Faria Lima. A empresa espera consolidar a operação local e reforçar a atuação no mercado no Brasil.

O anúncio da Shein vem no momento em que ocorreu a polêmica da taxação de imposto nas encomendas enviadas por pessoas físicas que custam até US$ 50, que pode impactar a varejista. 

“Ter um endereço para chamar de nosso é algo muito simbólico para uma marca global que vem trabalhando ativamente para consolidar sua operação localmente. Estabelecer um escritório que possa abrigar nosso time é mais um passo dentro da nossa estratégia que busca fortalecer e cada vez mais ampliar nossa atuação no país”, explica Felipe Feistler, General Manager da Shein no Brasil.

Receita Federal diz que ‘não volta atrás’ em cerco a sites asiáticos

O secretário da Receita Federal, Robinson Barreirinhas, afirmou que o Ministério da Fazenda não deve recuar em fazer com que as empresas do comércio eletrônico paguem o imposto devido, nesta segunda (17). O governo federal fechou o cerco para as varejistas chinesas que estariam burlando a tributação ao usar como brecha a isenção fiscal sobre compras internacionais entre pessoas físicas no valor de até US$ 50.

“Não vamos voltar atrás. Há tributação, e não é efetivada. Tomaremos medidas para tornar eficiente a tributação que já existe”, disse o secretário da Receita. de acordo com ele, a pasta irá aplicar a lei já existente.

Ele diz que a alíquota de 60% passará a incidir sobre o envio de mercadorias de até US$ 50 em todas as circunstâncias, inclusive nas remessas entre pessoas físicas.

“Eu comecei a resposta deixando muito claro que eu só ia aplicar a lei existente, que já prevê a tributação sobre comércio eletrônico sem qualquer benefício. Não falei nada de isenção porque não tem nada a ver com comércio eletrônico”, disse.

Por fim, Barreirinhas afirmou a Receita não vai mudar nada para as empresas que “declaram corretamente”.