Mundo

G20 aceita União Africana como membro permanente 

O G20, grupo que compreende os países mais ricos e poderosos do mundo, aceitou a União Africana como membro permanente. O anúncio foi feito pelo primeiro-ministro indiano, Narendra Modi, na cúpula do bloco em Nova Délhi, na Índia, neste sábado (9).

A União Africana é um órgão continental de 55 Estados-membros e têm o mesmo status que a União Europeia. Sua designação anterior era “organização internacional convidada”.

A entrada no grupo havia sido proposta por Modi em junho. “É uma honra receber a União Africana como membro permanente da família do G20. Isto fortalecerá o G20 e também fortalecerá a voz do Sul Global”, disse o primeiro-ministro, em suas redes sociais.

Anteriormente, o G20 era composto por 19 países e pela União Europeia, com os membros representando cerca de 80% do PIB (Produto Interno Bruto) global e mais de 75% do comércio mundial.

G20: líderes aprovam comunicado que condena Guerra na Ucrânia

Os líderes do G20 concordaram neste sábado (8) em divulgar uma declaração conjunta após resolver as diferenças finais sobre as referências à invasão da Ucrânia pela Rússia e aos planos dos EUA de sediar a cúpula em 2026.

O comunicado condenou a guerra na Ucrânia e refletiu um compromisso entre os EUA e os seus aliados. O acordo fez com que a Índia, anfitriã da cúpula, reivindicasse o sucesso diplomático da reunião.

“Esta é uma declaração completa com 100% de unanimidade”, afirmou Amitabh Kant, principal negociador do G20 na Índia.

“Isto demonstra a grande capacidade do primeiro-ministro e da Índia para reunir todos os países em desenvolvimento, todos os mercados emergentes, todos os países desenvolvidos, a China, a Rússia, todos na mesma mesa e chegar a consenso”, acrescentou Kant.

O conselheiro de Segurança Nacional dos EUA, Jake Sullivan, aclamou a aprovação do comunicado e parabenizou o país asiático.

“Este é um marco significativo para a presidência da Índia e um voto de confiança de que o G20 pode unir-se para abordar uma série de questões prementes, e também para lidar com questões difíceis que, na verdade, dividem muito alguns membros de outros, incluindo, obviamente, a guerra brutal da Rússia contra a Ucrânia”, disse Sullivan.