ETFs de criptomoedas registram queda de 19% no mundo todo

A fuga desses ativos é reflexo da recente desvalorização do universo cripto

ETFs (fundo de índice negociado em bolsa) de criptomoedas ao redor do mundo registraram saques líquidos de US$ 556 milhões em abril, de acordo com o Investment Company Institute (ETFGI). Os saques líquidos se referem à diferença entre aplicações e resgates. 

De acordo com a empresa independente de pesquisa e consultoria que cobre tendências no ecossistema global de ETFs, o volume total aplicado em ETFs de criptomoedas passou para US$ 13,21 bilhões no fim de abril, o que representa queda de 18,8% na comparação com o mês anterior.  

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O aumento nos resgates de ETFs é um reflexo do que está sendo chamado de “inverno cripto”, referente às sucessivas quedas das moedas digitais. Tal movimento ocorre em meio aos aumentos das taxas de juros norte-americanas, que faz com que agentes financeiros evitem ativos de alto risco. 

Com isso, o Bitcoin (BTC), a principal criptomoeda do mercado, teve queda de 16% em abril, enquanto a segunda mais negociada do mundo, o Ethereum (ETH), recuou 15%. 

No fim do mês de abril, haviam 140 ETFs/ETPs de criptomoedas listados em 17 bolsas de 13 países diferentes. Somente em abril, foram lançados 17 novos ETFs de cripto. 

Brasil tem 233,4 mil investidores em ETFs de criptomoedas

Em abril, a B3 divulgou que 233,4 mil pessoas investem em ETFs de criptomoedas no Brasil. Dessas, 77% dos investimentos são da Hashdex, a maior gestora de criptomoedas da América Latina. 179,9 mil investem nos produtos da companhia, que possui cinco ETFs na bolsa brasileira. 

O HASH11, ETF da Hashdex que investe numa cesta de ativos que buscam representar o melhor do mercado cripto, possuía 49,4 mil cotistas, colocando-o em segundo lugar no ranking geral de ETFs da B3. A B3 também informou que, em março, foram disponibilizados oito ETFs de cripto aos investidores.