Dívidas de empresas vão aumentar frente alta de juros, diz FMI

Para o Fundo Monetário Internacional, as vulnerabilidades corporativas serão expostas enquanto os governos reduzem o apoio fiscal

O Fundo Monetário Internacional (FMI) apontou que os custos da dívida das empresas vão aumentar à medida que os bancos centrais elevam as taxas para controlar a inflação. Com isso, as vulnerabilidades corporativas serão expostas enquanto os governos reduzem o apoio fiscal que estenderam às companhias atingidas no auge da pandemia.

A análise, publicada nesta quarta-feira (23) numa postagem do blog da organização, ainda destacou o fato dos governos precisarem enfrentar decisões difíceis ao passo que gerenciam esses riscos para a economia.

Com a redução do espaço fiscal, o FMI acredita que o apoio financeiro deve se tornar mais focado. Insolvências efetivas fazem as economias mais resilientes, produtivas e competitivas, avalia o artigo. Sustentar tais sistemas é fundamental, pois existem deficiências em muitas áreas importantes no momento, e os países podem precisar lidar com muitos casos de insolvência de uma só vez, alerta.

“Os governos podem precisar continuar fornecendo apoio financeiro a empresas que podem se recuperar, enquanto retira o apoio de companhias que estão tão danificadas que deveriam ser reestruturadas ou liquidadas”, aponta o organismo.

Na avaliação do FMI, muitos países permanecem fortalecendo seus sistemas de insolvência, seja com reformas específicas, caso inclusive do Brasil, além de França, Índia, Coreia do Sul, Turquia e Estados Unidos; ou com amplas reformas que afetam elementos-chave de seus sistemas, situação apontada para Alemanha, Holanda e o Reino Unido).