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Desaceleração da China não preocupa o Brasil, diz Rui Costa

Ministro diz não enxergar nenhuma conexão entre a crise chinesa e a redução de capacidade investida no Brasil

Enfrentando contubarções no setor imobiliário, a China anunciou, nesta segunda-feira (21), uma redução na taxa de juros crucial como parte das medidas para combater a crescente desaceleração econômica pós-COVID. Este movimento, no entanto, parece não preocupar o governo brasileiro, que tem a China como um dos principais parceiros comerciais.

De acordo com o ministro da Casa Civil, Rui Costa, não há nenhuma preocupação sobre a crise no país asiático. O ministro diz não enxergar nenhuma conexão entre a crise chinesa e a redução de capacidade investida no Brasil.

“A desaceleração é porque o resto do mundo passou a consumir menos, consumir serviços, consumir obras, então é desacelerar nesse sentido. Mas, internamente, não há nenhum desinvestimento deles, ao contrário, eles estão ampliando o investimento e estão buscando lugares para investir para manter o ritmo de crescimento”, declarou Rui.

Rui prega diálogo com Congresso para aprovação de pautas econômicas

O ministro da Casa Civil, Rui Costa, reforçou nesta segunda-feira (21) a abertura do Poder Executivo em dialogar com o Legislativo a cerca das pautas econômicas em votação. Com destaque para o arcabouço fiscal, a expectativa é de votação “o quanto antes”,

“Nós estamos dialogando, quem define o calendário de votação, de forma autônoma, é a Casa Legislativa, mas no que precisar diálogo, disponibilidade para esclarecimento, nós estaremos prontos. E não só para projetos como o arcabouço, que é fundamental que seja votado o quanto antes, mas também outros projetos que nós estamos iniciando o diálogo com o Congresso, como (o PL) das debêntures de infraestrutura para facilitar e ampliar as opções de crédito para as obras do PAC”. Comentou o ministro.

Ainda de acordo com Rui, o governo busca também aprovar um projeto de lei que formalize a alienação das dívidas dos estados e municípios. “Falta regulamentação, alguns estados chegaram a fazer mesmo ser (regularizado), mas a Bahia e outros estados entenderam que não tinha base legal completa para fazer o leilão dessas dívidas. Nós vamos trabalhar para que isso possa ser feito. A Bahia deve ter algo em torno de R$ 18 bilhões de créditos tributários que poderá fazer o leilão e internalizar o quanto antes uma parte desse valor para transformar em investimento”, esclareceu.