Brasileira de software se une a SPAC e valerá US$ 1 bi

A Semantix está se fundindo à Alpha Capital, uma empresa de aquisição de propósito específico.

A plataforma brasileira de software de serviço (SaaS) de dados, a Semantix, está se fundindo à Alpha Capital, uma empresa de aquisição de propósito específico (SPAC, na sigla em inglês). O foco da Alpha é encontrar empresas de tecnologia na América Latina.  O novo anúncio tira a Semantix de um valor de mercado de US$ 693 milhões (R$ 3,6 bilhões) para US$ 1 bilhão (R$ 5,2 bilhões).

Comumente conhecidas como “empresas cheque em branco”, organizações como a Alpha abrem capital em Bolsas nos Estados Unidos com o objetivo de encontrar empreendimentos que receberão aportes com a abertura de capital.

Se as ações da Samentix forem precificadas a US$ 10 (R$ 52) por papel e não houver nenhum resgate, o valor de mercado da companhia alcança US$ 1 bilhão. Ela deve ser negociada na Nasdaq sob o ticker “STIX” no primeiro semestre de 2022, após a aprovação do Securities and Exchange Commission (SEC, corresponde a CVM nos EUA).

A Semantix foi fundada em 2010 por Leonardo Santos, que segue à frente da companhia. Com mais 300 clientes em 15 países, em que vende soluções de inteligência de dados. Ela melhora os resultados nas vendas, prevenção de fraudes, entre outros, por meio de bases das grandes empresas.

Com a nova operação, a organização pretende ter uma receita de US$ 73 milhões (R$ 379,6 milhões) em 2022. A transação com a Alpha foi financiada com US$ 324 milhões (R$ 1,68 bilhões), incluindo US$ 230 milhões (R$ 1,19 bilhões) do fundo Alpha Capital. Contudo, também foram negociados investimentos de empresas públicas de US$ 94 milhões, como Crescera, Inovabra Ventures, FJ Labs, entre outros.

A Semantix pretende investir os recursos na internacionalização e na diversificação da sua carteira de clientes.

“Buscamos uma empresa lucrativa e com perspectivas de crescimento”, disse Rafael Steinhauser, presidente e diretor da Alpha Capital, ao Broadcast. “Pois a Semantix tem crescimento altíssimo e rentabilidade de 56%. O SaaS tem vendas recorrentes, gera mudança e valor de mercado aos clientes, sendo que para 95% deles os contratos duram mais de um ano”.