Em resposta ao colapso da TerraUSD (UST), o governo sul-coreano irá formar um comitê para controlar o mercado de criptomoedas, de acordo com informação publicada na terça-feira (31) pelo jornal local NewsPim. O Comitê de Ativos Digitais introduzirá medidas de proteção aos investidores, monitorará negociações desleais e irá fornecer critérios para a listagem de moedas pelas exchanges (plataforma digital que oferece a compra, a venda e a troca de criptoativos).
Após o colapso do ecossistema Terra (LUNA) em maio, políticos da Coreia do Sul começaram a sugerir a criação de um órgão supervisor da indústria de ativos digitais, que teria como função fornecer aos usuários de criptomoedas proteções comparáveis às dos investidores do mercado de ações.
Os pedidos para o aumento da supervisão do universo de criptomoedas foram feitos em um seminário da Assembleia Nacional do país na semana passada.
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A supervisão do mercado cripto está sendo feita por uma série de departamentos governamentais e órgãos de fiscalização, como a Comissão de Serviços Financeiros, o Ministério da Estratégia e Finanças e o Ministério da Ciência e da TIC (Tecnologia da Informação e Comunicação).
No começo de maio, o token de governança da rede Terra, a LUNA, chegou ao valor de uma fração de um centavo. Em 13 de maio, a criptomoeda estava cotado a US$ 0,00003542. A LUNA começou a derreter quando a stablecoin da rede perdeu o seu lastro na moeda norte-americana.
Com a derrocada da Terra, o criador do projeto, Do Kwon, apresentou um plano para salvar a cripto, em 19 de maio. Denominado de Terra Ecosystem Revival Plan 2, a proposta leva em conta diversas atualizações. Uma delas, o fork (divisão) da blockchain (rede) – que já ocorreu em criptomoedas como o bitcoin (BTC) e o ethereum (ETH) – deve ser o principal ponto da “nova Terra”.
Desde o lançamento da Terra 2.0, no sábado (27), a nova moeda digital da Terraform Labs registra perdas de mais de 50%.
Acredita-se que cerca de 280.000 sul-coreanos tenham sido vítimas do colapso da TerraUSD (UST).
