Muitos projetos que estavam na rede Terra (LUNA) começaram a migrar para a Polygon (MATIC), uma blockchain de segunda camada aliada do Ethereum (ETH). A migração ocorre quase dois meses após a crise da stablecoin TerraUSD (UST), que colapsou junto com o projeto Terra.
A UST, stablecoin algorítmica da Terra, foi projetada para manter seu valor por meio da queima de Luna e caiu para menos de 10 centavos de dólares em maio após a forte saída de investidores.
Ainda em maio, a Polygon anunciou a criação de um fundo multimilionário, visando ajudar os projetos da Terra que quisessem mudar de plataforma. A blockchain estava pronta para pagar até “cerca de US$ 20 milhões” para ajudar as equipes da Terra a migrar para sua própria blockchain e continuar criando produtos.
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“Os projetos da rede Terra começaram a migração”, afirmou Ryan Wyatt, CEO da Polygon Studios, em um tweet na noite de sexta-feira (08). “Mais de 48 projetos e contando… incluindo OnePlanet_NFT, um mercado exclusivo 0xPolygon e DerbyStars_HQ”, completou.
Entre os projetos de maior destaque a migrar para a Polygon estão a plataforma de metaverso Lunaverse (LUV), o mercado de token não fungível (NFT) OnePlanet e o jogo Derby Stars play-to-earn (P2E).
A migração surge num ano complicado para a rede Terra. Em maio, a criptomoeda LUNA, que faz parte da rede Terra, chegou ao valor de uma fração de centavos após semanas de turbulência e quase desapareceu do mapa. Para escapar do fundo do poço, Do Kwon, o coreano desenvolvedor dessa moeda e do projeto Terraform Labs, apresentou um plano para salvar o projeto.
Após o colapso da LUNA, a Terraform Labs começou a ser centro de várias investigações. Em 9 de junho, o projeto começou a ser investigado pela Securities and Exchange Commission (SEC, a Comissão de Valores Mobiliários dos EUA), por supostamente violar as leis do país ao comercializar criptomoedas.
Em 20 de junho, os criadores e desenvolvedores da rede Terra (LUNA), agora chamada de Terra Classic (LUNC), foram impedidos pela justiça da Coreia do Sul de saírem do país. A Terraform Labs – companhia por trás da Terra – está acusada de possível evasão fiscal de US$ 78 milhões no país.
