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Criptomoedas: prejuízo em fraudes ultrapassa US$ 1 bilhão desde janeiro

Segundo agência norte-americana, mais de 46 mil pessoas perderam dinheiro em golpes com moedas digitais

O prejuízo total em fraudes vinculadas à criptomoedas ultrapassou US$ 1 bilhão entre janeiro e março deste ano, segundo o Federal Trade Commission (FTC, a Comissão Federal de Comércio dos EUA).

De acordo com o relatório divulgado nesta sexta-feira (3), 46.000 pessoas relataram ter sido fraudadas, sendo que o valor médio perdido foi de US$ 2.600. As principais criptomoedas que os investidores utilizaram nas transações fraudulentas foram Bitcoin (BTC), Tether (USDT) e Ethereum (ETH).

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“As criptomoedas estão rapidamente se tornando o pagamento preferido de muitos golpistas”, afirmou o FTC. Segundo a agência, pessoas na faixa etária dos 20 aos 49 anos foram três vezes mais propensas a perder dinheiro em uma fraude com criptomoedas do que os pertencentes à grupos etários mais velhos.

Maior parte dos golpes com criptomoedas ocorrem em redes sociais

Quase metade das vítimas afirmaram que os golpes começaram a partir de anúncios, publicações ou mensagens nas redes sociais. A agência disse que relatórios têm indicado que o vínculo entre as mídias sociais e as criptomoedas tem impulsionado as fraudes.

Segundo o FTC, cerca de US$ 575 milhões das perdas relacionadas a golpes com criptomoedas envolveram “oportunidades de investimento falsas”.

Quatro em cada dez dólares perdidos em redes sociais envolvem moedas digitais, relação bem maior do que em qualquer outro método de pagamento. As plataformas Instagram, Facebook, WhatsApp e Telegram são as principais utilziadas para aplicar golpes, segundo o FTC.

Golpes românticos também estão entre os principais envolvendo criptomoedas

De acordo com o relatório da agência, a maioria dos golpes envolvem esquemas de investimentos falsos, golpes românticos e fraudes de representação de negócios/governo.

Golpes em aplicativo de namoro, como o Tinder, envolvendo cripto ativos passaram ser comuns. O golpista utiliza da manipulação emocional para convencer a pessoa com quem está conversando a baixar um aplicativo ou clicar em um link falso, que rouba seus dados pessoais. Entre esses dados, estão as chaves privadas e a frase semente, que funcionam como senha para carteiras digitais contendo criptomoedas.

Os golpes românticos envolvendo criptomoedas chamaram a atenção de autoridades ao redor do mundo, e fez, inclusive, com que a polícia da Bulgária denominasse os golpistas de “CryptoRoms”, ou “criptoromânticos”, no português.