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Criptomoedas: Bitcoin (BTC) encerra pior trimestre da história, com queda de 37% em junho

Entre março e junho deste ano, moeda digital recuou em 57%

O Bitcoin (BTC), principal ativo digital entre as criptomoedas, terminou o mês de junho com queda de 37% no período.

Cotado a menos de US$ 20 mil no pregão da última sexta-feira (30), o BTC registrou, entre março e junho deste ano, a pior performance das criptomoedas em um único trimestre.

Desde o início de sua operação, em janeiro de 2009, a queda de 57% apresentada durante o segundo semestre de 2022 foi a maior entre todos os períodos de crise já vividos em um período de três meses.

Os investidores digerem as últimas notícias negativas no universo cripto, como o processo judicial realizado pela Grayscale Investments, maior plataforma de criptos do mundo, contra a SEC (Comissão de Valores Mobiliários dos EUA), após a autoridade fiscalizadora recusar um pedido da Grayscale de aprovação de ETFs de BTC.

Além disso, o conturbado cenário macroeconômico ainda segue como principal fator para as performances negativas dos criptoativos.

Entre novembro do ano passado – período em que o BTC atingiu sua máxima histórica – e junho deste ano, o ativo digital registrou retração de mais de 70%.
 

Projeções sobre criptomoedas para julho ainda não são positivas

Com a alta inflacionária ao redor do mundo e constantes perigos de recessão econômica, o Bitcoin já opera em queda neste primeiro pregão de julho.

Na manhã desta sexta-feira (1), a moeda digital voltou ao nível de US$ 19 mil, puxada pela volatilidade no mercado externo.

Devido às novas chances de aumento na taxa básica de juros por parte do FED (Federal Reserve, banco central norte-americano) e do BCE (Banco Central Europeu), a expectativa dos especialistas é de que o Bitcoin chegue a novas mínimas anuais, superando, negativamente, o nível de US$ 17.500 registrado no mês de maio.

O cenário temeroso dos criptoativos ainda contou com a última declaração nada animadora do ESRB (Conselho Europeu de Risco Sistêmico).

O órgão voltou a falar sobre a possível ameaça de colapso das criptomoedas nos sistemas financeiros tradicionais. De acordo com a instituição, o tema deve ser tratado com urgência.