Tecnologia

Bitcoin (BTC): Core Scientific, mineradora de criptos, anuncia venda de 7 mil ativos digitais

Participação da moeda digital no balanço corporativo caiu em 79%

A mineradora de criptoativos, Core Scientific, anunciou a venda de 7.202 mil Bitcoins (BTC), no montante de US$ 167 milhões.

A queda acentuada dos ativos digitais fez com que a venda dos bitcoins da Core representasse a queda de 79% das participações da moeda na companhia.

O relatório divulgado pela empresa nesta semana confirmou que, após a venda, restaram 1.959 moedas digitais no acervo da mineradora.

A decisão da Core Scientific seguiu a mesma direção de algumas grandes corretoras, que têm vendido seus ativos para cobrir o pagamento de despesas.

A companhia possui mais de 180.000 servidores e engloba grande parte do poder de computação da rede de blockchain.

O tradicional para as companhias de mineração de criptos era guardar os bitcoins minerados.

O movimento é comum pois, de acordo com os especialistas do setor, a participação grande dos ativos digitais nos balanços corporativos pode impulsionar os resultados financeiros a longo prazo, visto que a moeda pode se valorizar.

Entretanto, as recentes quedas dos criptoativos têm levado as companhias do setor a realizaram vendas como a Core fez.
 

Queda histórica do Bitcoin é pesadelo para mineradoras de cripto

Como consequência do “inverno cripto”, resultado da possível recessão macroeconômica, o Bitcoin terminou o mês de junho com queda de 37% no período.

Cotado a menos de US$ 20 mil no pregão da última sexta-feira (30), o BTC registrou, entre março e junho deste ano, a pior performance das criptomoedas em um único trimestre.

Desde o início de sua operação, em janeiro de 2009, a queda de 57% apresentada durante o segundo semestre de 2022 foi a maior entre todos os períodos de crise já vividos em um período de três meses.

Os investidores digerem as últimas notícias negativas no universo cripto, como o processo judicial realizado pela Grayscale Investments, maior plataforma de criptos do mundo, contra a SEC (Comissão de Valores Mobiliários dos EUA), após a autoridade fiscalizadora recusar um pedido da Grayscale de aprovação de ETFs de BTC.

Entre novembro do ano passado – período em que o Bitcoin atingiu sua máxima histórica – e junho deste ano, o ativo digital registrou retração de mais de 70%.