Política

Petrobras (PETR4): ex-presidente alega que tinha mensagens para incriminar Bolsonaro

Castello Branco afirmou que “não faltaram oportunidades para atacar Bolsonaro”

O ex-presidente da Petrobras (PETR4), Roberto Castello Branco, afirmou que possuía, em seu celular corporativo, mensagens que poderiam incriminar o presidente da república Jair Bolsonaro (PL).

De acordo com informações do “Metrópoles”, em seus tempos de Petrobras, Castello Branco participava de um grupo privado chamado “Economistas do Brasil” em suas redes sociais.

A reportagem confirmou que o ex-presidente da estatal disse que o celular que devolveu à companhia após sua demissão possuía áudios e mensagens capazes de incriminar Bolsonaro.

Apesar de não citar quais seriam os possíveis crimes, Castello Branco deu essa resposta após Rubem Novaes, presidente do BC (Banco do Brasil), questioná-lo sobre críticas feitas ao presidente da república.

O antigo diretor da petroleira respondeu às indagações de Novaes e reiterou as acusações.

“Se eu quisesse atacar o Bolsonaro, não foi e não é por falta de oportunidade. Toda vez que ele produz uma crise, com perdas de bilhões de dólares para seus acionistas (Petrobras), sou insistentemente convidado pela mídia para dar minha opinião. Não aceito 90% deles (convites) e, quando falo, procuro evitar ataques”, diziam as mensagens.

Além disso, Castello Branco afirmou que seu celular corporativo “tinha mensagens e áudios que podem incriminá-lo”. “Fiz questão de devolver intacto para a Petrobras”, disse o ex-diretor.
 

Preços praticados pela Petrobras também eram pauta de mensagens de Castello Branco

Em outras ocasiões, o antigo presidente da estatal relatou que Bolsonaro o cobrava por mensagens a respeito dos preços dos combustíveis praticados.

Na ocasião, ele afirmou que apenas ignorava os pedidos do atual presidente, porém, a reportagem apurou que haviam outras mensagens com teor incriminatório contra Bolsonaro.

Entre as mensagens do comandante da petroleira na ocasião, foram encontradas tentativas de defesa contra uma possível atuação política sobre os preços praticados pela Petrobras.

“Nunca fui, não sou e nem serei político”, afirmou Castello Branco, de acordo com as investigações do “Metrópoles”.

A equipe da reportagem também procurou o ex-presidente da Petrobras para esclarecer as possíveis mensagens. Entretanto, Castello Branco se negou a falar sobre o assunto, alegando que tratava-se de um grupo fechado de conversas entre amigos.