Política

Lula oficializa pré-candidatura neste sábado em São Paulo

O ex-presidente lançou a pré-candidatura em uma chapa com Geraldo Alckmin

Luiz Inácio Lula da Silva (PT) oficializou neste sábado (7) o lançamento de sua pré-candidatura à Presidência da República. A chapa é encabeçada por Lula e conta com Geraldo Alckmin (PSB) como vice. O evento, iniciado às 10h (de Brasília), foi realizado no Expo Center Norte, na Zona Norte de São Paulo. No entanto, Alckmin participou apenas de forma virtual, pois foi diagnosticado com covid-19 na sexta-feira (6).

A chapa batizada como “Vamos Juntos Pelo Brasil” reúne sete partidos: PT, PSB, Solidariedade, PSOL, PCdoB, PV e Rede, além de sete centrais sindicais. A formalização da aliança para efeitos estatutário e de registro no TSE (Tribunal Superior Eleitoral) ocorrerá após 4 e 5 de junho, quando está marcado o Encontro Nacional do PT.

 

Indicação de Alckmin como vice de Lula

Em 13 de abril, o diretório nacional do PT aceitou a indicação do ex-governador de São Paulo Geraldo Alckmin para compor a chapa ao lado de Lula. A indicação foi aprovada por 68 votos favoráveis e 16 contrários. Dos 16, 13 eram contrários a Alckmin como vice, mas a favor da aliança com o PSB.

O ex-prefeito de São Paulo, Fernando Haddad (PT), e o ex-governador do estado, Márcio França (PSB) foram os principais articuladores da aliança entre os partidos. A aproximação entre Lula e Alckmin se iniciou no final de 2021, quando apareceram juntos pela primeira vez em um jantar organizado por um grupo de advogados em São Paulo.

A aliança pegou muitos de surpresa, pois os dois se enfrentaram em 2006 no segundo turno da eleição presidencial. Na ocasião, Lula foi reeleito para seu segundo mandato.

A chapa com Geraldo Alckmin como vice de Lula faz parte de uma estratégia do PT de ampliar o voto para além da esquerda. Além disso, a chapa “Vamos Juntos Pelo Brasil” reúne partidos que não estão necessariamente à esquerda no espectro político. Um exemplo é o Solidariedade, chefiado por Paulinho da Força, que apoiou o impeachment de Dilma Rousseff em 2016.