Política

Líder dos caminhoneiros afirma que “país irá parar naturalmente”

Wallace Landim, o Chorão, em novo vídeo divulgado nesta segunda-feira (20), elevou o tom contra a Petrobras (PETR3;PETR4) e governo federal

O líder dos caminhoneiros, Wallace Landim, mais conhecido como Chorão, fez novos alertas sobre uma possível greve dos caminhoneiros. O presidente da Associação Brasileira de Condutores de Veículos Automotores (Abrava), em vídeo, demonstrou indignação com o preço do diesel e aumentou o tom contra a Petrobras (PETR3;PETR4) e o governo de Jair Bolsonaro (PL). 

“O País vai parar naturalmente, por não ter mais condições de rodar”, afirmou em vídeo divulgado nesta segunda-feira (20).

Ao lado de uma bomba de combustível, Chorão exibe o preço praticado por um posto de São Paulo, onde o diesel é vendido por R$ 8,70 o litro, e faz um apelo aos caminhoneiros. 

“Estou aqui em São Paulo, 300 litros de diesel, R$ 2.610, R$ 8,70 o litro do diesel. Categoria, vamos acordar. Precisamos, sim, se unir, todos os Estados”, disse.

Chorão afirma que o governo federal tem adotado medidas sem eficácia, sendo guiado por interesses eleitorais, e que Bolsonaro descumpriu compromissos que teria assumido com os profissionais de transporte, como a alteração da política de preços usada pela Petrobras, que se baseia em oscilações internacionais para definir sua tabela no País.

“Vamos acordar, se unificar e ir para cima da Petrobras. E quando eu falo ir para cima da Petrobras, é ir para cima do governo federal, também. Quem nomeia o presidente da estatal é o senhor Jair Messias Bolsonaro, que fez um compromisso para nós de mudar esse preço de paridade de importação em 2018. Por isso nós acreditamos no senhor”.

Chorão ressalta que a definição dos membros do conselho da empresa tem concentração nas mãos do governo e que, por isso, Bolsonaro poderia fazer mudanças estruturais. 

“Dos 11 membros do conselho, seis também são indicações suas. Você pode fazer, sim. Vamos para cima da Petrobras, do governo, do Ministério de Minas e Energia. Não podemos mais ficar calados”, declarou o líder dos caminhoneiros.