Política

Bolsonaro tem o sexto maior salário líquido entre presidentes da América Latina

Lista elaborada pela “Bloomberg Línea” elencou o salário dos presidentes da região

O presidente do Brasil, Jair Messias Bolsonaro (PL), possui o sexto maior salário líquido entre os presidentes da América Latina. 

O cálculo leva em consideração, apenas, o salario recebido no exercício do cargo. Caso fosse considerada a soma do salário líquido do posto de presidente com a aposentadoria das forças armadas, Jair Bolsonaro teria o quarto maior da América Latina.

Segundo levantamento feito pelo portal “Bloomberg Línea”, o valor líquido do salário dos chefes de Estado da região varia entre US$ 4 mil e US$ 11 mil por mês.

Os dados apontados foram convertidos na cotação do dólar referente ao dia 19 de abril deste ano para padronizar os salários, que são pagos em moedas diferentes e correspondentes a cada país.

Os maiores salários registrados são os dos presidentes Luis Lacalle Pou, do Uruguai, e Alejandro Giammattei, da Guatemala. Dentre os presidentes, Guilherme Lasso, do Equador, e Luis Abinader, da República Dominicana, declaram a doação total de seus salários.

Lista da Bloomberg foi rankeada do maior para o menor salário

Luis Lacalle Pou, atual presidente do Uruguai, aparece com o maior salário líquido do continente. Sua receita bruta 864.739,08 pesos uruguaios (US$ 20,956,95), com a aplicação dos descontos, resulta no salário mais alto da América Latina, totalizando US$ 10.896,87, equivalente a 449.633,90 pesos do país.

O presidente da Guatemala, Alejandro Giammattei, por sua vez, apresentou o salário bruto de US$ 19.576,15. O último levantamento realizado foi em março de 2020, antes do período da pandemia. Porém, não é possível assegurar se o salário líquido de Giammattei é o maior da região, visto que, diferentemente de Lacalle Pou, o guatemalteco não detalha seus patrimônios.

Salário líquido de Bolsonaro totaliza mais de R$ 23 mil

Segundo informações cedidas pelo Portal da Transparência da Presidência da República, o salário bruto do presidente Jair Bolsonaro é de cerca de US$ 6,629,10, o equivalente a R$ 30.934,70.

Já o salário líquido, tirando os descontos, é de US$ 5.025,91, que totaliza R$ 23.453,43.

Dessa forma, o salário líquido do presidente brasileiro é o equivalente a aproximadamente 19 salários mínimos do País.

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Além disso, Jair Bolsonaro, diferente dos outros chefes de Estado da região, conta com seu salário de ex-militar, que somada com sua renda de presidente, totaliza mais de R$ 30 mil líquidos.

A lista liderada por Lacalle Pou e Alejandro Giammattei, e destacada com os resultados de Jair Bolsonaro, ainda é completada pelos salários líquidos de:

– Gabriel Boric (Chile) –  US$ 8.403,34;
– Iván Duque (Colômbia) – US$ 7.504,83;
– Andrés Manuel López Obrador (México) – US$ 5.780,47;
– Carlos Alvarado Quesada (Costa Rica) – US$ 5.488,50;
– Laurentino Cortizo (Panamá) – US$ 7 mil (valor bruto, pois não há a declaração de patrimônios);
– Alberto Fernández (Argentina) – US$ 3.648,511;
– Xiomara Castro (Honduras) – US$ 3.914,72;
– Abdo Benítez (Paraguai) – US$ 5.532,42 (valor bruto, pois não há a declaração de patrimônios);
– Nayib Bukele (El Salvador) – US$ 5.181,72 (valor bruto, pois não há a declaração de patrimônios);
– Pedro Castillo (Peru) – US$ 3.150,39;
– Luis Arce (Bolívia) – 3.535 (valor bruto, pois não há a declaração de patrimônios);
– Daniel Ortega (Nicarágua) – US$ 4.200 (última divulgação realizada em 2018;

Luis Abinader, da República Dominicana (US$ 6.697,57), e Guillermo Lasso, do Equador (cerca de US$ 6.446,25 brutos), realizam doações de seus salários.

Diferente do Brasil de Jair Bolsonaro, e dos demais países da América Latina, Venezuela e Cuba não revelam os salários de seus líderes.