Política

Emprego: Brasil cria 277 mil postos de trabalho formais em maio, aponta Caged

Resultado foi muito acima do aguardado pelos analistas

Foram criadas 277.018 vagas de emprego com registro em carteira no mês de maio deste ano, apontou o censo realizado pelo Caged (Cadastro Geral de Empregados e Desempregados).

De acordo com a pesquisa divulgada pelo Ministério do Trabalho, o resultado foi muito superior às 192.750 novas vagas de emprego projetadas por especialistas do mercado.

No quinto mês de 2022, foram registradas 1.960.960 admissões e 1.683.942 demissões. Ambos os índices foram superiores aos apresentados em abril, entretanto, o número de demissões alcançou um patamar um pouco menor na comparação.

Já na relação anual, que compara os dados com o mesmo período do ano passado, foram criadas mais de 800 mil novas vagas a mais.

Entre janeiro e maio deste ano, o saldo foi positivo nos levantamentos mensais, com o total de 1,05 milhão de vagas novas.

Entretanto, o resultado permanece menor do que o do comparativo com o mesmo período de cinco meses de 2021, em que foram registrados 1,16 milhão de empregos criados.

Mesmo com o crescimento na forte geração de vagas, o salário médio de admissão seguiu em queda e recuou 0,94% em maio, para R$ 1.898,02 — um decréscimo real de R$ 18,05 (com inflação descontada).
 

Setor de serviços e construção foram os mais positivos para criação de empregos

O setor de construção civil foi o único em que o salário de contratação subiu, com alta de 0,98% no total de R$ 1.905,51.

Já no âmbito de agricultura, foi registrada a maior queda e também a manutenção dos salários mais baixos: -1,74% e R$ 1.659,94, respectivamente.

O setor de serviços foi o maior responsável pela geração de novas vagas, com 658,1 mil novos postos formais de trabalho no índice positivo.

Na sequência, estão o setor industrial, com 174,8 mil vagas, e o de construção, com 155,5 mil.

Já na base comparativa entre regiões, o Sudeste foi o maior criador de vagas formais de emprego em números absolutos. Contudo, Centro-Oeste (+0,94%) e Norte (+0,82%) tiveram as maiores altas em proporcionalidade.