Política

Combustíveis: preço da gasolina cai antes de efeito da redução do ICMS

Pesquisa da ANP registrou queda de R$ 0,263/L em comparação com a última semana

O preço médio da gasolina teve queda de 3,5% entre os dias 26 de junho e 2 de julho, antes mesmo dos impactos da aprovação da redução do ICMS (Imposto sobre Circulação de Serviços e Mercadorias) dos combustíveis.

De acordo com a pesquisa divulgada pela ANP (Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis) na última sexta-feira (1), o recuo no valor do combustível foi reflexo da sanção da lei que deixa o PIS/Cofins (Programa de Integração Social/Contribuição para Financiamento da Seguridade Social) dos combustíveis zerados, aprovado em 24 de junho, na última semana.

O censo mostrou que o preço médio do litro da gasolina saiu de R$ 7,390 para R$ 7,127 entre as últimas duas semanas.

Na cidade de São Paulo ainda é encontrado o valor mais alto do litro, em R$ 8,890. Entretanto, o valor mais baixo já saiu de R$ 5,990 para R$ 5,580 no fim da última sexta (1).

Por sua vez, o diesel com valor mais alto no País foi vendido no Nordeste, na casa dos R$8,990 por litro.

O valor mais baixo do combustível foi encontrado no Sudeste, que registrou R$ 6,190/L. O preço médio ficou em R$ 7,554 por litro, ao considerar todas as cidades e estados do Brasil.
 

Relator do ICMS projetou reduções maiores para os combustíveis

Na aprovação do texto para redução do imposto, o senador Fernando Bezerra (MDB-PE), relator do projeto de lei, alegou que a aprovação do texto somada à PEC (Proposta de Emenda à Constituição) que repassa recursos para as prefeituras, pode levar a uma redação de R$ 0,76 no litro do diesel e de R$ 1,65 no litro da gasolina.

Na ocasião, a aprovação do texto-base da proposta foi por 65 votos a 12, e contou com grande participação de parlamentares que apoiam o governo Bolsonaro e suas tentativas de reduzir o preço dos combustíveis.

Entretanto, quando sancionou o projeto da redução do teto do ICMS, o presidente Jair Bolsonaro (PL) incluiu vetar os benefícios incluídos pelo Senado que seriam compensações aos estados brasileiros. 

Com isso, o benefício somente será aplicado para estados que possuem dívidas atuais com a União, o que pode influenciar nas alterações dos preços dos combustíveis.