Bolsonaro diz que preço do diesel pode baixar com acordo "quase certo" com a Rússia

O presidente Jair Bolsonaro (PL) disse, nesta segunda-feira (11), que um acordo com a Rússia para comprar óleo diesel está “quase certo”. Segundo o chefe do executivo, as primeiras cargas podem chegar ao Brasil em 60 dias. O presidente tem adotado diversas medidas para tentar conter os preços dos combustíveis no País. A fala foi dita durante conversa com apoiadores no Palácio da Alvorada. 

“Agora está quase certo um acordo para comprarmos diesel bem mais barato da Rússia. A Petrobras, alguns lá, compravam bem mais caro”, afirmou Bolsonaro.

Aos jornalistas que estavam no local, Bolsonaro afirmou que aguarda por uma redução no valor cobrado dos consumidores após o acordo com os russos para importar diesel.

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“A previsão nossa é em dois meses chegar o diesel mais barato. Tem os estoques. Nós importamos quase 30%. Agora, você tem que importar diesel de quem está vendendo mais barato, e não importar à vontade de quem está vendendo até mais caro, porque aumentando o preço aqui aumenta o lucro da Petrobras”, disse o presidente.

Bolsonaro ainda chegou a citar que o preço do diesel pode diminuir até mesmo antes da chegada das importações russas. O fato ocorreria, segundo ele, se houvesse uma nova redução no preço do petróleo Brent.

“Acredito que se houver uma certa constância um pouco abaixo de 100 dólares tem espaço para diminuir imediatamente o preço dos combustíveis nas refinarias daqui, porque quando aumentava (o preço do petróleo), aumentava, então quando diminui, a gente espera que diminua também”, destacou o presidente.

Bolsonaro aproveitou o discurso para exaltar a queda do preço na gasolina, que aconteceu após o Congresso aprovar um corte tributário no ICMS.

De acordo com a Agência Nacional de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), a gasolina teve queda de 8,9% no Brasil na semana passada. “A gasolina baixou de preço, daqui a 60 dias, se Deus quiser, baixa o diesel também, talvez até antes se baixar o Brent lá fora”, afirmou Bolsonaro.