Política

Bolsonaro dá “carta branca” para Sachsida decidir rumos da Petrobras (PETR4)

Presidente já demitiu dois comandantes da estatal em seu mandato

O presidente da república, Jair Bolsonaro (PL), afirmou neste domingo (15) que o novo ministro de Minas e Energia possui “carta branca” para comandar os rumos da Petrobras (PETR4).

A resposta de Bolsonaro foi após ser questionado sobre uma possível troca no comando da estatal. “Pergunta para o Adolfo Sachsida”, disse o presidente.

Após a demissão de dois presidentes da petroleira durante o mandato de Bolsonaro, o atual escolhido, José Mauro Ferreira Coelho, já está sob pressão no cargo.

Mesmo com somente um mês no cargo, Ferreira Coelho já foi alvo de críticas por parte do presidente da república.

“Vocês não podem, ministro Bento Albuquerque e senhor José Mauro, da Petrobras, não podem aumentar o preço do diesel. Não estou apelando, estou fazendo uma constatação levando-se em conta o lucro abusivo que vocês têm. Vocês não podem quebrar o Brasil. É um apelo agora: Petrobras, não quebre o Brasil, não aumente o preço do petróleo. Eu não posso intervir. Vocês têm lucro, têm gordura e têm o papel social da Petrobras definido na Constituição”, disse Bolsonaro na última semana, também ao ex-ministro de Minas e Energia.
 

Bolsonaro reforçou a autonomia de Sachsida no cargo

Sachsida, que fazia parte da equipe do Ministro da Economia, Paulo Guedes, e que é alinhado com os ideais de Bolsonaro desde o início de seu governo, foi citado pelo presidente desta vez.

“Pergunta para o Adolfo Sachsida. Ele é o ministro das Minas e Energia e trata disso. Deixo bem claro: todos os meus ministros, sem exceção, eu dou carta branca para fazer valer aquilo que ele acha melhor para o seu ministério para melhor atender a população”, reiterou Bolsonaro.

O presidente da república também falou novamente que “ninguém vai tabelar preço de combustível”, e afirmou que a “finalidade social” da Petrobras não está sendo cumprida. 

Vale lembrar que a alteração no cargo do Ministério de Minas e Energia aconteceu dias após Bolsonaro fazer críticas públicas contra a mudança de preços da Petrobras.

No início do mês de abril, o presidente contestou diretamente a alteração do preço do óleo diesel nas refinarias da Petrobras, que na semana seguinte, já seriam passados para os postos ao redor do Brasil.

Bolsonaro considerou a margem de lucro da empresa como um “absurdo” e “um estupro”.