Política

Binance faz pronunciamento sobre caso do “faraó do Bitcoin”

A corretora afirmou que sua equipe de investigação está trabalhando com as autoridades brasileiras para condenar Glaidson Acácio dos Santos, o “faraó do Bitcoin (BTC)”

A Binance se pronunciou sobre o caso de Glaidson Acácio dos Santos, o “faraó do Bitcoin (BTC)”. Em comunicado geral, a corretora de criptomoedas ressaltou que sua equipe de investigação trabalha em constante coordenação com as autoridades brasileiras para condenar Santos, “congelando suas contas e identificando fluxos de receita potencialmente ilícitos em várias plataformas no mundo todo.”

Nesta terça-feira (28), o jornal “Folha de São Paulo” publicou uma matéria apontando que, mesmo preso e sob investigação, Glaidson Acácio dos Santos, ex-garçom conhecido como “faraó do Bitcoin”, teria usado uma advogada como laranja para converter criptomoedas em R$ 228 milhões mesmo após ser preso, crime que teria sido facilitado por parte da Binance.

A investigação, denominada “Operação Kryptos”, indica que a atividade da organização criminosa ligada à Santos ainda estaria ativa, e atuando com o nome de Eliana Medeiros de Lima, advogada presa em fevereiro deste ano.

A Binance está sendo apontada como responsável por intermediar a venda das criptomoedas que estavam em posse da organização criminosa do “faraó das bitcoins”.

No início de junho, a Binance também foi acusada de lavagem de dinheiro

A Binance já havia sido alvo de uma polêmica no início de junho. De acordo com uma reportagem da agência britânica “Reuters” publicada em 6 de junho, a corretora de criptomoedas tinha se tornado um “hub para hackers, fraudadores e traficantes de drogas”, com fortes ligações com a Hydra, site russo localizado na dark web. 

A empresa de criptomoedas negou as acusações de que tenha lavado pelo menos US$ 2,35 bilhões em dinheiro de origem ilícita.

Em relato feito ao site “CoinDesk”, Matthew Price, diretor sênior de investigações da Binance, afirmou que todas as corretoras têm exposição indireta aos mercados da dark net. Price também já atuou como principal investigador da Hydra quando trabalhou na Internal Revenue Service (IRS), órgão dos EUA equivalente à Receita Federal do Brasil.