A polícia civil deflagrou, nesta quinta-feira (18), uma operação especial, denominada “Operação Seth”, tendo como alvo a empresa MSK Operações e Investimentos Ltda., que teria aplicado um golpe contra quase 4 mil vítimas, acarretando em um prejuízo de R$ 700 milhões.
De acordo com a polícia, representantes legais da empresa, alvos da Operação Seth, responderão por pirâmide financeira, afirmação falsa e enganosa, lavagem de dinheiro, organização criminosa, estelionato e falsidade ideológica.
“Foi deferida medida cautelar de sequestro de bens de envolvidos e de empresas, perfazendo um total de quase R$700.000.000,00 (Setecentos Milhões de Reais), sendo certo que estão sendo realizadas diligências para localização de veículos e propriedades que deverão compor o acervo a ser apreendido”, informa a Polícia Civil ao BP Money.
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Uma câmera de segurança registrou o momento do assalto e quando a perseguição foi iniciada.
A polícia ainda informa que também foi deferida uma medida cautelar de Busca e Apreensão a ser cumprida na residência e nas empresas de diversos envolvidos com os esquemas criminosos perpetrados pela MSK e seus sócios, visando a localização e apreensão de provas, bem como de bens que possam ser sequestrados para minimizar o prejuízo das vítimas.
Operação Seth tem 19 alvos na capital e interior de São Paulo
As buscas e apreensões de 19 alvos estão sendo realizadas simultaneamente na capital do Estado de São Paulo, bem como nas cidades de Osasco, Itapevi, Cotia, Barueri e Sorocaba.
Foto: Divulgação / Polícia Civil
MSK apresenta pedido de recuperação judicial
A MSK Invest, que se intitula uma assessoria de criptomoedas, apresentou um pedido de recuperação judicial, em abril deste ano, depois de não cumprir com os pagamentos devidos a clientes que investiram nesses ativos por meio dela.
A empresa, que teria levantado R$ 700 milhões junto ao grupo de clientes, fez um acordo com o Procon-SP em janeiro para ressarcir no valor integral os investidores que tiveram os contratos desfeitos de forma unilateral no fim do ano passado.
Apesar do compromisso, os pagamentos que já deviam ter iniciado não foram efetuados.
O processo de recuperação judicial solicita, entre outros pontos, a suspensão de todas ações e execuções pelo prazo de 180 dias. Uma das alegações da defesa da empresa é de que o alto número de processos bloqueando ativos contribuíram para o não pagamento dos valores acordados.
Leia também: Polícia Federal investiga pirâmide financeira de day traders
O pedido de recuperação judicial, que corre em segredo de justiça, engloba as cinco empresas do Grupo MSK: MSK Operações e Investimentos Ltda., MSK Administração e Corretagem de Seguros Ltda., MSK Serviços Digitais Ltda., MSKonforto Sofás e Colchões Ltda., e Vivva Comércio Varejista de Cosméticos Ltda.
A polícia informa que enviou cerca de 146 policiais na Operação Seth, com 62 viaturas.
