Governo amortiza impacto da crise no setor elétrico

Em 2021, o Índice de Energia Elétrica (IEE) apresentou um recuo de 0,2%.

Foi publicado nesta sexta-feira (14), no Diário Oficial da União (DOU), um decreto presidencial para regulamentar as medidas para enfrentar os impactos financeiros no setor elétrico decorrentes da escassez hídrica.

O texto cria a Conta Escassez Hídrica, pela Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE). Ela irá receber os recursos para cobrir, “total ou parcialmente, os custos adicionais decorrentes da situação de escassez hídrica para as concessionárias e permissionárias de serviço público de distribuição de energia elétrica”.

A crise hídrica, vista com maior intensidade em meados do ano passado, gerou o déficit em diversas cadeias produtivas e levou os reservatórios de hidrelétricas a atingirem os seus menores níveis. A situação causou preocupações no mercado financeiro em relação ao setor, fazendo com que parte dos ativos registrasse queda, em meio a um movimento de retirada de aportes no mercado secundário da B3.

As empresas geradoras de energia foram as mais impactadas, seguida das distribuidoras. Além disso, a escassez também afetou o setor de saneamento. Grande parte das organizações viram suas ações caírem, exceto as que implementaram, ou já faziam uso, de outro tipo de geração de energia limpa. Muitas delas tiveram seus preços-alvo elevados para 2022.

Em 2021, o Índice de Energia Elétrica (IEE) apresentou um recuo de 0,2%. Contudo, após a divulgação do decreto, o indicador registrou um aumento. Por volta das 12h32 ele apresentava alta de 0,15%, aos 73.968,38 pontos.