Warren Buffett perdeu mais de R$ 4 bilhões com Nubank (NUBR33) e Stone (STOC31)

As fatias da Berkshire no Nubank (NUBR33) e na Stone (STOC31) desvalorizaram R$ 4,4 bilhões desde janeiro

O megainvestidor Warren Buffett tem duas investidas brasileiras em sua carteira, mas ambas estão sendo sinônimo de perdas em 2022. Juntas, as fatias da Berkshire Hathaway no Nubank (NUBR33) e na Stone (STOC31) desvalorizaram R$ 4,4 bilhões desde janeiro.

Warren Buffett passou a investir no Nubank desde antes da chegada da fintech à Bolsa, em dezembro de 2021, enquanto na Stone ele entrou no IPO (oferta pública inicial de ações), em 2018. No ano passado, a Berkshire vendeu parte da sua posição na Stone, quando a companhia ainda negociava acima do preço da oferta, mas já abaixo das máximas. 

Esse ano, mantém intacto ambos os investimentos. A forte baixa das duas empresas do setor de tecnologia, diante de preocupações dos investidores globais com a alta de juros e também com a economia brasileira, é amplificada pela valorização do real no mesmo período.

Nubank cai forte em 2022

O Nubank lidera as baixas em 2022. A companhia registra uma queda de 64% após ter realizado uma das maiores vendas de ações de ações nos Estados Unidos no ano passado. Ela chegou ao mercado como a empresa financeira mais valiosa da América Latina. 

Atualmente, vale R$ 73,4 bilhões, menos que todos os grandes bancos brasileiros listados – o que inclui BTG Pactual (R$ 117,3 bilhões) e Banco do Brasil (R$ 108,2 bilhões).

Além disso, o mercado internacional vem demonstrando preocupação com uma possível piora nos índices de inadimplência dos clientes do neobanco diante da alta da inflação. No primeiro trimestre, a resposta da fintech ao cenário foi acelerar seu crescimento, na contramão de pares como o Inter.

Stone busca reação após forte queda em 2021

Em outro estágio em relação ao Nubank, a Stone busca virar a página após os papéis despencarem em meio aos problemas que teve na concessão de crédito, paralisada em meados de 2021. Para isso, irá relançar as linhas de crédito e reajustar os preços aos clientes.

No entanto, com o aperto monetário no Brasil e nos Estados Unidos, o mercado financeiro tem preferido ações de empresas estabelecidas, que geram caixa e pagam dividendos, dado que o custo do dinheiro subiu. Por exemplo, as ações americanas de Itaú e Bradesco estão subindo 42% e 21% neste ano, respectivamente. 

Até aqui, Buffett não aproveitou as quedas de suas duas investidas para “comprar na baixa”, como reza a cartilha dos grandes investidores. Isso porque, no setor financeiro, o megainvestidor vem apostando no Citi. 

Ao longo do primeiro trimestre, a Berkshire Hathaway, de Warren Buffett, comprou mais de 55 milhões de ações do conglomerado americano, avaliadas em R$ 14 bilhões.