Vallourec (VK) anuncia demissões na Europa e transfere produção ao Brasil

A Vallourec (VK), produtora francesa de tubos de aço usados por perfuradoras de petróleo e gás, anunciou a demissão de 2950 funcionários.

O corte terá impacto nas fábricas da Vallourec na Alemanha, Reino Unido, e França, locais em que a empresa fechará algumas unidades.

Com isso, parte da produção da companhia migrará para o Brasil, a fim de impulsionar o crescimento dos resultados financeiros, enquanto a empresa digere as demissões em massa.

De acordo com Philippe Guillemot, CEO (diretor-executivo) da companhia, a transferência para o Brasil será fundamental para que a Vallourec se recupere da última temporada de divulgação de dados corporativos.

“Essas decisões devem permitir que a Vallourec permaneça lucrativa, quaisquer que sejam as condições do mercado”, disse Philippe Guillemot.

A expectativa da companhia é que o plano de reestruturação seja concluído até 2024, e que o Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) cresça mais. O último resultado do índice totalizou US$ 241 milhões.

A produtora de tubos também afirmou que espera reduzir suas despesas, e tem como objetivo a alta de US$ 263 milhões para seu caixa.
 

Vallourec também evidenciou seus resultados nas empresas que fecharão

De acordo com a companhia, a performance da unidade alemã – em que 2400 empregos serão cortados – resultou no prejuízo de, em média, US$ 105,2 milhões nos últimos dois anos de atuação.

Além disso, o Ebitda da empresa caiu para US$ 47,3 milhões no primeiro trimestre de 2022, valor muito inferior aos US$ 84,7 milhões alcançados na base anual.

Os resultados negativos tiveram direta ligação com a suspensão temporária das operações com o minério de ferro no Brasil, e por isso, será uma das prioridades da companhia ao voltar com sua atuação no País.

Apesar disso, os executivos estão otimistas com os setores que impulsionaram a recuperação da empresa, visto que a Vallourec totalizou US$ 963,75 em volume de negócios entre janeiro e março deste ano, alta de 30,5% em comparação com o mesmo período do ano passado, além de também reduzir seu prejuízo líquido para US$ 36,82 milhões.