Vale (VALE3) firma parceria com gestora KPTL para investir R$ 200 mi em “empresas verdes”

Investimento que visa startups de bioeconomia deve durar 10 anos

O Fundo Vale & Participações, braço de investimento para projetos socioambientais da Vale (VALE3), firmou parceria com a gestora de venture capital KTPL, para investir R$ 200 milhões em startups ligadas à bioeconomia.

O novo fundo apoiado pela subsidiária da Vale será chamado de Floresta e Clima, e terá a duração de 10 anos. De acordo com informações do “Exame”, o investimento criado pela KPTL contará também com o aporte da Tridon Participações – mesmos fundadores da Jacto, – e dos empresários Denis e Ilana Minev (Lojas Bemol) e Marco Riguzzi (acionista da Farmaplast).

Além disso, a criação do fundo também tem participações da aceleradora Troposlab, e das consultorias Imaflora e Resultante, do mercado socioambiental.

De acordo com a KPTL, o objetivo do projeto é atingir startups que visam influenciar positivamente a restauração de florestas e acelerar o mercado de créditos de carbono, além de impactar o mercado socioambiental através da tecnologia e estratégias de logística

O diretor-executivo da gestora, Renato Ramalho, afirmou que a intenção do projeto é trabalhar com pelo menos 35 companhias desses perfis nos próximos dois anos.

“É uma meta inicial, mas sabemos que essa é uma vertical que pode ser bem maior […] Não queremos ser considerados um fundo de reflorestamento. Pelo contrário. A experiência da KPLT com empresas de agricultura, biotecnologia e outras disrupções nos dá autoridade para buscar o que há de mais novo em tecnologia de impacto”, disse Ramalho.
 

Investimento do Fundo Vale com a KPTL será para diversas perfis empresariais dentro do mundo verde

Segundo a matéria, Gustavo Luz, gerente do Fundo Vale, destacou que o investimento não será somente para startups de créditos de carbono, mas também para pequenas empresas que desenvolvam qualquer tipo de trabalho que contribua para o equilíbrio das mudanças climáticas no mundo.

“A nossa vontade não é fechar, mas sim abrir para o maior número e diversidade de investidores […] A ideia é trazer atores que possam contribuir com essa agenda, como empresas dispostas a atuar em reflorestamento e ações de descarbonização, afirmou Luz.

Ademais, Luz também não descartou a possibilidade de investimento internacional, visto que, segundo ele, a proposta da KPTL e do fundo pode contemplar diversos apoiadores.

“Qualquer um que tenha disposição em acelerar o mercado de carbono no mundo”, relatou o representante do Fundo Vale.