Stone: unicórnio brasileira brilhou na carteira de Buffet

Conheça a relação do quinto homem mais rico do mundo com a empresa de pagamentos

Você já deve ter ouvido falar em Warren Buffett em algum lugar ao menos uma vez na vida e, claro, não é para menos, já que o empresário é o quinto homem mais rico do mundo. Porém, agora mostraremos a relação do milionário CEO da Bershire Hathaway e a empresa brasileira de meios de pagamento, a Stone.  

Tudo começou no fim de 2018, quando a Stone se preparava para lançar seu capital na bolsa Nasdaq, em Nova York. Naquele momento, a empresa criada em 2012 chamava a atenção de múltiplos investidores por conta da conquista de 5,5% na participação de mercado na captura de transações com débito ou crédito no cartão, tendo pouco mais de 230 mil clientes. O crescimento despertou olhares do mercado, e não foi diferente com Buffet, que confessou sua pretensão de investir até US$ 315 milhões na empresa de maquininhas.  

O atrativo da Stone era sua plataforma customizada, sendo a primeira empresa dentre as novas entrantes no mercado brasileiro a realmente trazer ferramentas diferenciadas aos clientes, como a ferramenta que permite diferenciar cada ramo do varejo, trazendo a solução em serviços diferentes nas frentes de onboarding, integração com a plataforma de loja, monitoramento, conciliação e disponibilização de dados.  

 Não era surpresa nenhuma que a companhia de Andre Street e Eduardo Pontes agradaria no seu IPO na Nasdaq, mas a Stone se superou ao alcançar um valor de mercado de cerca de US$ 9 bilhões, se consagrando uma das 21 empresas ‘unicórnio’ no Brasil.  Quando entrou para o quadro de acionistas, a Berkshire investiu US$ 340 milhões para comprar 14,2 milhões de ações da Stone no preço do IPO — US$ 24 — o que lhe deu 11,3% da companhia. 

Um pouco mais de um ano após a declaração do IPO na Nasdaq, a processadora de pagamentos avançou no mercado disputado das maquinhas, deixando para trás a Pagseguro, uma de suas maiores concorrentes. No fim de 2019, às ações da companhia (STNE) listadas chegaram a subir 12%, sendo negociadas acima de US$ 38. No terceiro semestre de 2019, a Stone divulgou um lucro líquido de R$ 191,3 milhões, representando um resultado 111% maior no mesmo período do ano anterior. 

Venda de ações 
A Stone começou a perder espaço na carteira de Buffett em maio de 2021, quando as previsões do mercado eram de que resultado trimestral seguinte seria mais fraco do que o esperado. A companhia de Warren Buffett vendeu quase 25% de sua posição na Stone em março. Depois que a companhia foi diluída por um follow-on, a Bershire ainda ficou com 4% da companhia. 

“Muito investidor está olhando para a SaltPay e vendo que a próxima grande criação de valor vai ser ali,” confessou um gestor. “Quando você junta isso com o Buffett vendendo, a tese só cresce’’, completou. 

Os rumores do mercado se confirmaram e, apesar de ter dobrado o número de clientes para 1,4 milhão em setembro, o balanço do terceiro trimestre (veja aqui) mostra que está mais caro crescer e a empresa enxerga os obstáculos como incentivo. “Não é a despesa clássica, gasto. É uma forma de investimento”, ressalta o presidente da Stone, Augusto Lins.