Skol: como Ambev pode combater avanço da Heineken?

O Bradesco BBI afirma que a queda da Skol é um reflexo da busca dos consumidores por novas opções

O Bradesco BBI enviou um relatório a clientes no qual discorre sobre a situação do mercado de cervejas no Brasil. O documento aponta que a Skol, marca presente no país há mais de 50 anos, perdeu relevância e representa atualmente apenas um terço dos volumes negociados.

Entre 2011 e 2019, a participação da empresa no mercado caiu 9%, atingindo 21%. Já a Ambev recuou 4% neste período.

O banco afirma que o movimento de retração é um reflexo da busca dos consumidores por novas opções, enquanto marcas como a Heineken se expandem cada vez mais.

Apesar da situação atual da Skol, a instituição acredita ser possível retomar o ritmo da empresa, com base na análise de casos anteriores similares, como Coca-Cola, Old Spice dn a P&G e Domino’s.

“No entanto, não acreditamos que a Ambev tentará recuperar a Skol, mas sim continuar lançando novas marcas para tentar compensar a fraqueza de marcas específicas – semelhante à estratégia do McDonald’s desde os anos 2000”, disseram os analistas Leandro Fontanesi e Ricardo França.

Os especialistas comentaram que essa estratégia parece ter funcionado com a nova administração. A Ambev ganhou 3% do market-share entre 2019 e 2021.

“Dito isso, apesar de modelarmos a Ambev perdendo quatro pontos percentuais de market-share entre 2023 e 2026 à medida que a Heineken adiciona capacidade, nosso preço-alvo aumentaria R$ 1,50 se assumirmos que a Ambev ganhe 3 pontos percentuais neste período”, concluíram.

O Bradesco BBI mantém recomendação de compra para as ações da Ambev, com preço-alvo de R$ 21. Os papéis são negociados na faixa de R$ 14.