A PetroRecôncavo (RECV3) lançou um follow-on que pode levantar entre R$ 1,2 bilhão e R$ 2,2 bilhões para financiar a compra do Polo Bahia-Terra. O conselho de administração da compania aprovou uma oferta restrita primária e secundária de ações na noite de sexta-feira (3).
A venda envolve um lote primário inicial de 44 milhões de ações, sendo que pode haver um adicional de até 80% da quantidade inicial, conforme a demanda e avaliação da companhia e dos coordenadores do follow-on.
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O valor estimado para a oferta-base considerou o valor do papel na sexta-feira, de R$ 27,42. A expectativa é de que a precificação das ações ocorra no próximo dia 14.
Segundo um fato relevante informando a decisão publicado no sábado (4), a PetroRecôncavo pretende investir os recursos obtidos na oferta “para o financiamento de potenciais aquisições futuras de ativos que possam contribuir para a execução da estratégia de expansão da companhia, tais como a do Polo Bahia-Terra em curso”.
Além disso, os recursos também serão destinados ao “fortalecimento da posição de caixa para gestão ordinária e de seus negócios”. A operação será coordenada pelo Itaú BBA, Morgan Stanley, UBS, Goldman Sachs, Banco Safra e XP.
PetroRecôncavo e Eneva se unem para comprar Polo Bahia-Terra
Em março, foi noticiado que a PetroRecôncavo (RECV3) e a Eneva (ENEV3) haviam se unido para fazer uma oferta conjunta pelo Polo Bahia-Terra, da Petrobras (PETR3;PETR4), que se encontrava em processo de relicitação.
Bahia-Terra é um conjunto de dezenas de campos terrestres do Recôncavo Baiano. De acordo com o portal “Brazil Journal”, o polo é considerado uma aquisição transformacional para a companhia, que deve elevar sua produção em cerca de 40%.
A Eneva irá ficar com 40% do ativo, enquanto a PetroRecôncavo seguirá como operadora. Desde o início de maio, as duas empresas estão em negociação com a Petrobras. A expectativa é que a oferta ajude a melhorar a liquidez do papel. Para medida de comparação, a PetroRecôncavo negocia R$ 35 milhões por dia, enquanto a 3R (RRRP3) movimenta R$ 150 milhões e a PetroRIO (PRIO3), cerca de R$ 500 milhões.
