Petrobras (PETR4) inicia venda de 40% de concessões na Margem Equatorial

As duas concessões se encontram no litoral do Rio Grande do Norte

A Petrobras (PETR3;PETR4) divulgou nesta terça-feira (16) que iniciou a venda de fatia de 40% da sua participação em duas concessões em águas profundas da Bacia Potiguar, na chamada Margem Equatorial, no litoral do Rio Grande do Norte.

A petroleira afirma que possui 100% de participação nas concessões BM-POT-17 em que se desenvolve o Plano de Avaliação de Descoberta do poço Pitu e POT-M-762_R15 e reitera que continuará como operadora da parceria após a venda da fatia.

De acordo com o comunicado da estatal, a busca de parceria nesses ativos está alinhada à estratégia de gestão de portfólio e à melhoria de alocação do capital da companhia. 

Na região, a Petrobras possui compromisso firme de perfuração do poço Pitu Oeste, previsto para 2023. Além disso, está prevista a perfuração do poço Anhangá (Oportunidade Exploratória Anhangá) entre 2023 e 2024.

Petrobras (PETR4) recebeu proposta pela Albacora Oeste

No começo de agosto, a PetroRio (PRIO3), durante a apresentação dos resultados do 2T22, ressaltou a importância do Campo Albacora, ainda em negociação – chamado de Albacora Oeste. Nas últimas semanas, o site “PetroleoHoje” e a “Reuters” noticiaram que a Petrobras (PETR3;PETR4) teria suspendido a venda de Albacora, informação negada pela estatal.

Na época, de acordo com o CEO da PetroRio, Roberto Monteiro, a petroleira fez uma nova proposta de compra do campo, baseada no fato de que a reserva é maior do que inicialmente foi calculada quando do início das negociações de compra da área petrolífera.

“A bola está no campo da Petrobras”, relatou Monteiro. Segundo ele, a Petrobras “tem corrente favorável e tem corrente desfavorável com relação ao desinvestimento”.

A PetroRio destacou que o Campo Albacora é prioridade para a companhia. “Não vamos fazer M&A [fusões e aquisições, na sigla em inglês] para crescer o império, a gente faz alocação de capital”, justificou o CEO da PetroRio.

A Petrobras havia colocado o campo à venda no final do ano passado e a PetroRio (PRIO3) tinha inicialmente demonstrado interesse em adquiri-lo.