Petrobras (PETR4) anuncia Fernando Borges como presidente interino

Nomeado atua como Diretor Executivo de Exploração e Produção

A Petrobras (PETR4) anunciou a nomeação do Diretor Executivo de Exploração e Produção, Fernando Borges, para o cargo de Presidente interino da companhia.

A decisão realizada pelo Conselho de Administração da Petrobras foi divulgada na CVM (Comissão de Valores Mobiliários) nesta segunda-feira (20).

Formado em engenharia civil pela Universidade Federal de Uberlândia, Borges atua na estatal há mais de 20 anos.

O primeiro cargo do interino foi em 1993, como gerente de Reservas e Reservatórios da Bacia de Campos.

Posteriormente, entre 2006 e 2009, Borges mudou-se para Bolívia, onde passou a atuar como Diretor de Exploração e Produção na unidade de Santa Cruz de la Sierra.

Em retorno ao Brasil no ano de 2010, o nomeado pelo Conselho da Petrobras ocupou o cargo de Diretor Executivo de Exploração e Produção, o qual atua até o momento.
 

Anúncio da Petrobras acontece logo após renúncia de Ferreira Coelho

A nomeação de Fernando Borges foi realizada após o anúncio da renúncia de José Mauro Ferreira Coelho, que ocupou o cargo de presidente da petroleira até esta segunda-feira (20).

O ex-diretor da estatal oficializou seu desligamento em reunião da diretoria da companhia convocada mais cedo por ele.

De acordo com as informações prévias cedidas pelo governo, o estopim para a saída do até então presidente foi o rompimento do apoio do colegiado para sua permanência e a intensificação das pressões do governo federal contra a companhia.

Logo, como o processo de demissão de Coelho depende da realização de uma Assembleia de Acionistas, que pode demandar até 60 dias para acontecer, o diretor optou por desistir do cargo.

O processo de desligamento de Ferreira Coelho começou no dia 24 de maio, há quase um mês atrás. Na ocasião, o presidente da república, Jair Bolsonaro (PL), confirmou que iria realizar uma nova troca no comando da estatal.

Apesar da decisão de Bolsonaro, Ferreira Coelho optou por permanecer no cargo na Petrobras até que as burocracias de seu desligamento fossem cumpridas, terminando na assembleia extraordinária de acionistas após o prazo de 60 dias.