Oi (OIBR3) tem prejuízo de R$ 1,669 bilhão, revertendo lucro

Investimento da companhia foi 12,6% acima do aplicado em 2020

A Oi (OIBR3) anunciou o prejuízo líquido de R$ 1,669 bilhão no quarto trimestre de 2021, após adiar a divulgação dos resultados por duas vezes seguidas.

O prejuízo registrado pela Oi reverteu o lucro líquido de R$ 1,798 bilhão apresentado no último trimestre de 2020.

A receita líquida da companhia, por sua vez, totalizou R$ 4,571 bilhões nos últimos três meses do ano passado, 4,3% a menos do que o atingido em igual período no ano anterior.

Já o Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) da operadora somou R$ 1,612 bilhão, com alta de 8,1%

Enquanto isso, a margem Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização pela receita líquida) foi de 35,3%, com crescimento de 4% em comparação com o período entre outubro e dezembro de 2020.

O que também chamou a atenção pelos resultados da Oi foram os investimentos. A companhia investiu R$1 ,961 bilhão nos últimos três meses de 2021, valor 12,6% acima do mesmo aplicado no último trimestre de 2020.

Além disso, os custos e despesas operacionais consolidados de rotina chegaram ao valor de R$ 2,959 bilhões entre outubro e dezembro do ano passado, com queda de 3,3% comparado ao trimestre anterior, e de 9,9% com o mesmo período do ano antecessor.

Entretanto, ao final de dezembro de 2021, a dívida líquida da empresa foi de R$ 32,573 bilhões, com alta de 49,4% em relação ao mesmo período de 2020.
 

Oi adiou a divulgação de seus resultados por duas vezes consecutivas

Vale lembrar que a data inicial para a divulgação dos resultados da companhia era no dia 29 de março, porém, sofreu adiamento para o dia 27 de abril.

Na ocasião, a telefônica anunciou mais um adiamento, e explicou que ainda estava aguardando pareceres de auditores independentes, e que por isso estava inapta a realizar a divulgação dos resultados.

Devido a mais um adiamento, a companhia optou por divulgar dados preliminares e não auditados, para, de acordo com o documento emitido na ocasião, “garantir a estabilidade das expectativas do mercado”.

Além disso, a empresa entrou em processo de recuperação judicial no ano de 2016, com uma dívida inicial de R$ 64,5 bilhões. Após isso, a companhia foi colocada à venda, com aprovação da divisão dos ativos da companhia em UPIs (Unidades Produtivas Isoladas pela Justiça) e anunciou que realizaria a venda da unidade móvel.

No dia 20 de abril de 2020, a Oi informou ao mercado que a venda foi finalizada por R$ 15,9 bilhões. O valor foi ajustado em relação ao preço base de R$ 15,7 bilhões para refletir o montante da dívida líquida, e do capital de giro das SPEs (sociedades de propósito específico) transferidas às compradoras.