Oi (OIBR3): Anatel pensa em desfazer venda da Oi Móvel

O acordo pode ser cancelado se liminares judiciais que suspendem obrigações para oferta de roaming não forem revertidas

A Oi (OIBR3) pode ter a venda cancelada pela Anatel (Agência Nacional de Telecomunicações). Segundo o presidente da agência, Carlos Baigorri, o acordo pode ser desfeito se liminares judiciais que suspendem obrigações para oferta de roaming a concorrentes por parte de TIM (TIMS3), Vivo (VIVT3) e Claro não forem revertidas.

O roaming é serviço de telefonia para usuários que estão em áreas onde sua operadora original não possui atuação, como, por exemplo, no caso de uma viagem.

Baigorri afirmou em relato à agência “Reuters”  que as três operadoras estão tentando evitar a concorrência do mercado ao interromperem o processo de oferta de roaming, que foi definido como contrapartida à venda da Oi Móvel.

“São diversas operações que aprovamos e nunca tivemos esse tipo de comportamento por parte dos operadoras, foi uma surpresa desagradável para nós”, relatou Baigorri.

O roaming é serviço de telefonia para usuários que estão em áreas onde sua operadora original não possui atuação, como, por exemplo, no caso de uma viagem.

“O foco total (da Anatel) é derrubar as liminares. E, num segundo momento, outras medidas podem ser tomadas. A operação (venda da Oi Móvel) já foi concretizada, mas pode ser revista”, completou. 

Em transação concluída neste ano após aval do Cade (Conselho Administrativo de Defesa Econômica), as três empresas adquiriram com uma oferta conjunta de 16,5 bilhões de reais os negócios de rede móvel da Oi no País. 

Com o negócio, as dívidas totais da Oi (OIBR3) caíram em R$ 19,1 bilhões após pagamentos realizados com os recursos provenientes da venda de ativos móveis e de fibra óptica da companhia.

De acordo com os balanços financeiros do primeiro trimestre deste ano divulgados na CVM (Comissão de Valores Mobiliários) em 29 de junho, a dívida total registrada pela Oi caiu de R$ 33,4 bilhões para R$ 14,4 bilhões.