Oi (OIBR3) adia pela segunda vez a divulgação de resultados do quarto trimestre de 2021

Novo anúncio está previsto para o dia 4 de maio

A Oi (OIBR3) adiou, pela segunda vez, a divulgação dos resultados obtidos no último trimestre de 2021.

O anúncio da Oi, que estava previsto para hoje (27), foi adiado para a próxima quarta-feira (4). A data inicial para a divulgação era no dia 29 de março, e também sofreu alteração na ocasião.

A telefônica explicou que ainda aguarda pareceres de auditores independentes, e que por isso não conseguiu realizar a divulgação dos resultados.

Devido a mais um adiamento, a companhia optou por divulgar dados preliminares e não auditados, para, de acordo com o documento emitido, “garantir a estabilidade das expectativas do mercado”.

Com isso, foi registrada uma queda geral na operação da companhia, tanto do último trimestre de 2021, quanto dos últimos 12 meses.

A receita líquida da tele registrada foi de R$ 4,5 bilhões, e apresentou queda referente ao mesmo período de 2020, R$ 4,7 bilhões naquela ocasião.

O caixa da empresa, por sua vez, acumulou R$ 3,2 bilhões ao final de 2021. O valor é menor do que o registrado na base anual de 2020, total de R$ 4,5 bilhões naquele ano.

Em contrapartida, o Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) foi o único dado que não apresentou queda. O registrado no último trimestre de 2021 foi de R$ 1,48 bilhão, um pouco acima do valor de R$ 1,46 demonstrado no mesmo período de 2020.

Adiamento da Oi é consequência de recuperação judicial

Vale lembrar que a Oi entrou em processo de recuperação judicial no ano de 2016, com uma dívida inicial de R$ 64,5 bilhões. Após isso, a companhia foi colocada à venda, com aprovação da divisão dos ativos da companhia em UPIs (Unidades Produtivas Isoladas pela Justiça) e anunciou que realizaria a venda da unidade móvel.

No dia 20 de abril de 2020, a Oi informou ao mercado que a venda foi finalizada por R$ 15,9 bilhões. O valor foi ajustado em relação ao preço base de R$ 15,7 bilhões para refletir o montante da dívida líquida, e do capital de giro das SPEs (sociedades de propósito específico) transferidas às compradoras.