Nomah, startup de estadias, demite dezenas

Ex-funcionários lamentaram os desligamentos no Linkedin e até montaram uma planilha com o nome dos demitidos

A Nomah, startup que oferece apartamentos residenciais, demitiu dezenas de funcionários nesta segunda-feira (01). Apesar de não revelarem exatamente a quantidade de colaboradores demitidos, ex-funcionários lamentaram os desligamentos na plataforma Linkedin e até montaram uma planilha com o nome dos demitidos. Até o fechamento da matéria, a planilha estava sendo atualizada e continha dados de mais de 20 pessoas. 

As demissões chegam em um momento decisivo para a Nomah. A empresa brasileira está nos planos da Casai, startup mexicana para estadias de curta duração na América Latina. Visando uma fusão com a companhia brasileira, a Casai está demitindo dezenas de funcionários, segundo apurado pela “Bloomberg Línea”. 

Depois que a Sonder, versão americana da Casai, reportou desempenho ruim e demitiu funcionários, family offices donos de imóveis da Casai reagiram, puxando o cheque de extensão da Série A. Como apurado pela “Bloomberg Línea”, os fundos de venture capital seguiram a mesma movimentação.

Assim, a empresa teve que cortar custos e o resultado foi a demissão de pelo menos 60 funcionários no Brasil. Aqui, a equipe era de quase 200 pessoas. Já no México, outros 20 foram desligados da empresa.

Sobre o acordo, ainda em negociação, a Loft, dona da Nomah, venderia suas ações da startup para a Casai e investiria na empresa resultante da fusão. 

De acordo com fonte familiarizada com o acordo, a fusão com a Nomah será concluída em breve, mas as negociações de transação ainda não foram finalizadas. Ainda, a transação vem em momento propício para a Casai, depois que uma negociação para extensão da rodada Série A para a startup, em abril, não avançou, disse uma fonte à “Bloomberg Línea”.

A Casai e a Nomah atuam no segmento de short stay: reformam apartamentos que pertencem a investidores e fazer a locação de curta temporada, oferecendo uma experiência digital, com preços mais acessíveis do que diárias de hoteis e sem as burocracias de contratos de aluguéis tradicionais. Para os investidores, é uma mão na roda, podendo rentabilizar o ativo imobiliário sem ter que cuidar da locação pessoalmente.