Netflix (NFLX34) tem fatia do megainvestidor Bill Ackman zerada após resultados trimestrais

Ações da plataforma de streaming vêm acumulando forte queda com a baixa no número de assinantes

A Netflix (NFLX34) teve toda a fatia de ações do megainvestidor Bill Ackman zerada, após a companhia divulgar queda no número de assinantes no primeiro trimestre de 2022. A venda, divulgada na última quinta-feira (21), ocorreu apenas três meses depois que o empresário anunciou ter comprado 3,1 milhões de papéis da companhia de streaming.

Os ativos da Netflix (NFLX34) vêm acumulando forte queda desde que a companhia publicou o resultado do primeiro trimestre de 2022 na última terça-feira (19). Pela primeira vez em dez anos, a plataforma de streaming registrou uma baixa em seu número de assinantes, repercutindo negativamente no humor do mercado. Conforme relatório, o total de assinaturas da Netflix (NFLX34) recuou 200 mil na base trimestral.

O balanço decepcionante fez com que Bill Ackman, fundador e CEO (diretor-executivo, na sigla em inglês) da Pershing Square Capital Management, viesse a público anunciar que resolveu vender todos os seus papéis da Netflix (NFLX34). O investimento fracassado na empresa de streaming gerou um prejuízo de US$ 400 milhões em três meses.

“Embora tenhamos em alta conta tanto a diretoria da Netflix quanto a notável empresa que eles construíram, à luz da enorme alavancagem operacional inerente ao modelo de negócios da companhia, as mudanças no crescimento futuro do número de assinantes podem ter um impacto potencializado sobre a nossa estimativa de valor intrínseco”, comenta Ackman, em carta aos investidores.

Leia também: Netflix (NFLX34) planeja encerrar compartilhamento de senhas na plataforma

Em janeiro deste ano, a Pershing Square comprou cerca de 3,1 milhões de ativos da Netflix (NFLX34), a cerca de US$ 360 por ação, o que totalizou um investimento de US$ 1,1 bilhão. Essa compra tornou a gestora de Bill Ackman um dos 20 maiores acionistas da plataforma. 

A venda dos papéis da Netflix (NFLX34) resultaram em uma desvalorização de 4% nos fundos da Pershing Square nesse ano, com uma baixa de 2% no acumulado de 2022. Em carta publicada aos investidores, a  gestora afirmou “perder a confiança em sua capacidade de prever as projeções futuras da empresa”.