Netflix (NFLX34) demite 300 funcionários em segunda rodada de cortes

No mês passado, ao menos 150 funcionários já haviam sido demitidos pela companhia

A Netflix (NFLX34) demitiu cerca de 300 funcionários em uma nova rodada de demissões. A informação foi divulgada primeiro pela revista “Variety” e as demissões ocorreram em diferentes áreas da companhia, sendo que a maioria dos funcionários afetados são dos EUA. 

As 300 demissões ocorrem um mês após um corte de ao menos 150 funcionários. Os cortes no quadro de funcionários da Netflix ocorre em meio à queda alarmante de assinantes do serviço de streaming. No primeiro trimestre do ano, a companhia reportou a saída de 200 mil assinantes, o que derrubou o modelo de receitas baseadas em assinaturas e as ações da Netflix na Nasdaq. 

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Nesta quinta-feira (23), após a divulgação das notícias, os papéis da Netflix (NFLX) operam em queda de 0,70%, mas as ações já acumulam baixa de 70,07% no ano. 

A companhia está reformulando suas operações e o seu modelo de negócios após a saída inesperada dos assinantes. Reed Hastings, CEO da Netflix, enviou um e-mail aos funcionários da empresa, dizendo que “tanto Ted [Sarandos, co-CEO da companhia) quanto eu nos arrependemos de não termos visto a desaceleração no crescimento da receita antes disso, para que pudéssemos colocar em prática um reajuste mais gradual dos negócios”, lamentou.

“Sabemos que essas rodadas de demissões foram difíceis para todos, criando muita ansiedade e incerteza. Planejamos voltar a um curso mais normal de negócios adqui para frente”, afirmou Hastings.

Outro porta-voz da Netflix disse que “enquanto continuamos a investir significativamente em nosso negócio, optamos por fazer estes ajustes para que nossos custos cresçam de acordo com o crescimento mais lento de receita”, afirmou. “Somos muito gratos por tudo o que eles fizeram pela Netflix e estamos trabalhando duro para apoiá-los nesta difícil transição”, continuou o porta-voz.  

A perda de assinantes por parte da Netflix é, em parte, decorrente de um reajuste de preços nos planos e do crescente número de concorrentes. Outras plataformas que oferecem serviços similares, como a Amazon, Disney+, Hulu e HBO Max registraram um crescimento relevante de assinaturas no primeiro trimestre de 2022.