Lula tentará trabalhar com juros mais baixos caso eleito, diz analista

Rodrigo Natali dissecou consequências do plano de governo de Lula por meio de um relatório

No último sábado (06), a chapa presidencial do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e do ex-governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, foi oficializada pelo TSE (Tribunal Superior Eleitoral). Em um cenário no qual o mercado tem demonstrado preocupação com uma eventual vitória do petista, o analista Rodrigo Natali elencou algumas consequências do plano de governo de Lula por meio de um relatório.

No cenário macroeconômico, Natali acredita que o governo do petista buscará tolerar uma inflação mais alta, mas trabalhando com juros mais baixos. Para isso, o analista acredita que o petista irá adotar um intervencionismo na política cambial, forçando o câmbio para baixo. O Estrategista-chefe da Inv ainda fala de um provável conflito entre o Ministério da Economia e o BC. 

Natali afirmou no relatório que o governo de Lula não se comprometerá com metas fiscais, muito por conta da falta de cobrança do mercado. 

No cenário dos bancos, o analista crê que todas as instituições financeiras do governo (Banco do Brasil, Caixa Econômico Federal e BNDES) serão usados para expandir créditos, pressionando ainda mais a inflação e fragilizando o setor de varejo ao longo prazo. 

Se tratando do Congresso Nacional, Natali afirma que o Legislativo se fortaleceu desde o último governo do petista, não dependendo mais de uma “canetada” do presidente para aprovar o projeto de lei. Assim, Lula teria dificuldade em cumprir algumas promessas de campanha, irritando seus apoiadores. O analista ainda cita os casos de Colômbia e Chile.

Eleições: Bolsonaro encurta distância para Lula, diz BTG/FSB

Em meio a um receio do mercado a respeito de uma possível vitória de Lula, a pesquisa realizada pela FSB Comunicação, encomendada pelo banco BTG, apontou uma redução na diferença entre o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e o presidente Jair Bolsonaro (PL) na disputa das Eleições 2022. O petista caiu três pontos e está com 41%, enquanto o atual gestor avançou três pontos e está com 34%. A pesquisa foi divulga nesta segunda-feira (08). 

Outros que disputam às eleições, Ciro Gomes (PDT) pontua 7% e aparece na 3ª colocação. Em seguida, Simone Tebet (MDB), marca 3% das intenções de votos. André Janones (Avante), com 2% – político deixou a disputa para apoiar o PT. 

José Maria Eymael (DC) e Pablo Marçal (Pros), pontuam 1% cada. Os demais candidatos não pontuaram. Os entrevistados que disseram que não votariam em nenhum dos nomes apresentados, votariam em branco ou nulo, somam juntos 7%. Já os que não souberam responder, são 3%.

O levantamento para as Eleições realizou 2.000 entrevistas de 5 a 7 de agosto. Está registrada no TSE (Tribunal Superior Eleitoral) com o número BR-08028/2022. A margem de erro é de 2 pontos percentuais para um intervalo de confiança de 95%.