O Itaú (ITUB4) deve pagar R$ 7,9 bilhões pela segunda aquisição da XP inc (XPBR31), conforme formulário de referência entregue pela instituição à Comissão de Valores Mobiliários (CVM) na noite de quinta-feira (28). A operação, anunciada em novembro de 2021 pelo banco, refere-se à compra de uma nova fatia de 11,36% do capital da corretora de investimentos.
De acordo com o Itaú (ITUB4), a previsão é de que o negócio seja firmado ainda neste ano, no segundo trimestre.
A notícia ganha destaque no contexto da separação entre Itaú (ITUB4) e XP Inc. (XPBR31), motivada por uma decisão do Banco Central que proibiu o banco de comprar o controle da corretora.
Notícias Relacionadas
Estatal
Petrobras (PETR4) pagou R$ 274 bi à União em 2023 com dividendo extra
Do total pago pela petroleira para os cofres públicos em 2023, R$ 61,4 bilhões equivalem a participações governamentais.
Ajustes nos preços internos
Petrobras (PETR4): dividendos vêm ‘sem surpresa’, diz Santander
A cifra aprovada pelo Conselho Administrativo da Petrobras (PETR4) prevê mais de R$ 90 bilhões em dividendos.
Em documento, o banco esclarece que a aquisição da XP Inc. (XPBR31) já foi aprovada pelo Banco Central e por órgãos reguladores no exterior, sendo a última aprovação recebida em 13 de abril de 2022.
A separação entre Itaú (ITUB4) e XP Inc (XPBR31)
A primeira transação entre Itaú (ITUB4) e XP Inc (XPBR31) ocorreu em maio de 2017, quando o banco firmou um contrato de para a aquisição de 49,9% do capital social da corretora de investimentos.
O negócio previa o aumento da participação do Itaú (ITUB4) de forma escalonada, até atingir 75% do capital, em 2022. Na época, a XP Inc foi avaliada em R$ 12 bilhões.
No entanto, em 2018, o Banco Central proibiu o Itaú (ITUB4) de comprar o controle da XP Inc, sob o argumento de que a transação se caracterizava como um controle de concentração de mercado.
A decisão do Banco Central se tornou um impasse para o Itaú (ITUB4), uma vez que o banco ainda precisava comprar 11,38% de participação da XP Inc (XPBR31) para saldar os compromissos contratuais previamente estabelecidos.
Essa participação, todavia, trata-se de um percentual minoritário que não dará ao Itaú (ITUB4) o status de controlador da XP Inc (XPBR31). Nesse sentido, como a fusão já não era mais possível, o Banco Central autorizou a transação da compra.
Conforme comunicado publicado pelo Itaú (ITUB4) em novembro do ano passado, a aquisição será concluída neste ano, depois da divulgação das demonstrações financeiras auditadas da XP Inc. (XPBR31) referente ao exercício encerrado em 31 de dezembro de 2021.
Itaú (ITUB4) pretende vender a fatia adicional
Segundo informações do Broadcast, essa nova fatia da XP Inc (XPBR31) a ser adquirida pelo Itaú (ITUB4) não pertencerá ao banco por muito tempo. A intenção dos diretores é alienar os papéis no futuro próximo, após a conclusão da operação. As condições para a venda, no entanto, ainda não foram detalhadas.
