iFood registra queda de 66% no lucro operacional

Dados foram divulgados uma semana após o iFood anunciar corte no quadro de funcionários

O iFood, um dos maiores nomes do delivery brasileiro, registrou queda de 66% em seu lucro operacional no ano fiscal encerrado em 31 de março de 2022 na comparação com o mesmo período do ano anterior. Os dados foram divulgados pela Prosus, investidora da plataforma.

De acordo com os dados, o GMV (Gross Merchandise Value, que equivale ao valor monetário total de vendas) teve alta de 41%, enquanto a receita cresceu 29%. Além disso, a receita total avançou para US$ 991 milhões, devido à expansão do serviço para outras cidades no País. 

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Já o prejuízo da operação aumentou para US$ 206 milhões. A empresa atribuiu o aumento por investimentos na frente de entregas de supermercado. O lucro operacional também caiu de US$ 30 milhões para US$ 10 milhões. 

Segundo a Prosus, nos últimos dois anos, o principal negócio de entregas do iFood voltou a dar lucros. “O negócio de entrega de restaurantes do iFood é lucrativo no Brasil, seguindo eficiências contínuas de escala e execução operacional”, afirmou a companhia no documento. 

iFood promove demissões motivadas por “revisão da operação”

No final de março, o iFood contava com cerca de 317 mil lojistas registrados em 1.780 cidades brasileiras. A empresa reportou a entrega de 68 milhões de pedidos somente no mês de março deste ano. Mesmo assim, na semana passada, foi divulgado que a startup demitiu 80 funcionários, segundo a plataforma Layoffs.

Ao menos 35 pessoas dos departamentos de marketing, recursos humanos e dados teriam sido demitidas. No LinkedIn, ex-funcionários relataram surpresa com a notícia. Algumas pessoas demitidas estavam na empresa há menos de um mês. 

Em nota divulgada à imprensa, o iFood confirmou os cortes. Segundo o posicionamento, a empresa está “reestruturando algumas áreas, em busca de maior eficiência e foco para o seu negócio. Infelizmente o processo de priorização e de revisão levou ao desligamento de algumas pessoas e à desaceleração de novas contratações. Se antes o nosso time de recrutamento trazia mais de 200 pessoas por mês para a empresa, hoje esse número caiu pela metade. Seguimos buscando no mercado profissionais de tecnologia e da área comercial e hoje temos mais de 100 posições em aberto nessas áreas”.