iFood investe em startup de tecnologia para pedidos por WhatsApp

O aplicativo de delivery fez um aporte na startup gaúcha Anota AI. É especulado que a quantia teria sido de R$ 60 milhões

O iFood investiu na startup gaúcha Anota AI, empresa de automação de pedidos para restaurantes por meio de inteligência artificial, em aplicativos como WhatsApp, Instagram e Messenger. De acordo com o site “Startups”, a quantia teria sido de R$ 60 milhões. As empresas afirmam que suas operações seguem de forma independente.

A startup relatou que, com o montante do iFood, pretende aumentar sua base de clientes de 6 mil para 20 mil e ampliar em 25% seu quadro atual de 160 de funcionários até o final do ano. A Anota AI foi fundada em 2017 e informou ter negociado R$ 1,3 bilhão em produtos no ano passado.

Em comunicado, o iFood informou que o aporte é “parte da estratégia de contribuir para o crescimento do nosso ecossistema e acelerar o desenvolvimento de novas soluções por meio de inovação e tecnologia”. 

O iFood ainda afirmou que “essa iniciativa ajudará o desenvolvimento de negócios da startup e melhorará a experiência de venda de restaurantes em todo país”.

iFood respondeu o Cade sobre contratos exclusivos com restaurantes

O investimento do Ifood na startup Anota AI surge num momento de impasse entre a plataforma de delivery e o Cade (Conselho Administrativo de Defesa Econômica). Em 15 de julho, o Ifood respondeu a uma série de questionamentos feitos pelo Conselho a respeito de seus contratos de exclusividade com restaurantes. As respostas estão mantidas em sigilo a pedido da plataforma de delivery.

O aplicativo de delivery está sendo investigado pelo Conselho desde o fim de 2020 sobre os efeitos da celebração de contratos de exclusividade pelo iFood com restaurantes parceiros. 

De acordo com a Abrasel (Associação Brasileira de Bares e Restaurantes), a companhia possui 80% de participação no mercado brasileiro de entrega de comida pronta.

Segundo o Cade, o objetivo dos questionamentos é apurar a dominação por parte do iFood e aferir se há “conduta anticompetitiva na modalidade abuso de posição dominante”.