Elon Musk quer investir no Amazonas e recebe "sinal verde" de governador

O governador do Amazonas, Wilson Lima (União Brasil), deu o aval para que a companhia comece as operações

O estado do Amazonas pode receber investimentos de Elon Musk, por meio da empresa Starlink, controlada pela SpaceX, no qual o bilionário é fundador e CEO. O governador Wilson Lima (União Brasil) deu o aval para que a companhia comece as operações. 

A companhia de Elon Musk oferece banda larga via satélite. O produto é fornecido por meio de satélites em órbitas baixas e consegue oferecer velocidades de banda larga de até 200Mb/s.

De acordo com ele, a Starlink – desenvolvedora de satélites – enviou um ofício para a Sedecti (Secretaria de Estado de Desenvolvimento Econômico, Ciência, Tecnologia e Inovação) demonstrando interesse em prover seus serviços de banda larga para os brasileiros. 

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“Elon Musk demonstrou interesse em trazer investimentos e vamos trabalhar para consolidar esse negócio. Venham conhecer a Amazônia”, escreveu o governador em nota. 

Tratativas já começaram com a Starlink

Secretário da Sedecti, o deputado estadual Angelus Figueira (DC) afirmou que as negociações já começaram com a empresa e que o Estado deseja atender o pedido da companhia comandada por Elon Musk. 

“Tivemos uma videoconferência com representantes da empresa, em Nova York, e já iniciamos as tratativas”, afirmou o parlamentar. 

Ministro das Comunicações, Fábio Faria ajuda no processo

Em novembro do ano passado, o ministro das Comunicações, Fábio Faria, reuniu-se em Austin, no Texas, Estados Unidos, com Elon Musk. De acordo com ele, o magnata viria ao Brasil para expandir a conectividade em escolas e unidades de saúde em áreas rurais, comunidades indígenas e locais remotos.

“Estamos ansiosos para proporcionar conectividade aos menos conectados, para as pessoas no Brasil que têm mais dificuldades para se conectar, especialmente para escolas e hospitais em áreas rurais”, disse Musk em vídeo ao lado do ministro publicado nas redes sociais.

A conectividade fornecida por Musk contribuíria para que houvesse um monitoramento maior na Amazônia, a fim de evitar desmatamentos e incêndios ilegais. Para Faria, os cerca de 4.500 satélites das empresas de Elon Musk que orbitam em baixa altitude podem colaborar nesse acompanhamento.

No final de janeiro, a Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel), concedeu o direito de exploração de satélite estrangeiro não-geoestacionário de baixa órbita para a Starlink. Com isso, a empresa também poderá oferecer o serviço de satélite em todo território brasileiro. O direito de exploração vai até 2027.

Segundo a Anatel, a oferta final de banda larga aos consumidores poderá ser realizada por empresa autorizada que contratar a capacidade da rede de satélites ou caso o próprio grupo tenha autorização para entrar nesse mercado, o que já tinha acontecido no ano passado.

Recentemente, Elon Musk ganhou os noticiários pelo mundo ao anunciar um acordo para comprar o Twitter por US$ 44 bilhões.