B3 (BB3SA3) tem queda de 7,2% no lucro líquido recorrente do 1T22

Segundo a empresa, a queda da receita líquida foi o principal fator para a recuo do lucro

A B3 (BB3SA3) divulgou na quinta-feira (13) seu balanço de resultados do primeiro trimestre de 2022. A empresa registrou lucro líquido recorrente de R$ 1,2 bilhão no período, o que representa queda de 7,2% em relação ao mesmo trimestre do ano passado, e crescimento de 0,9% em relação ao último trimestre.

A receita total somou R$ 2,5 bilhões, queda de 4,6%. Segundo a B3, o recuo se deu, principalmente, devido aos menores volumes e margens do segmento Listado, uma vez que, no ano passado, ainda não contemplava as mudanças na política de preços implementadas em fevereiro de 2021.

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O Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) caiu 11,5%, para R$ 1,7 bilhão. O resultado financeiro foi positivo em R$ 229 milhões.

O volume financeiro médio negociado (AFTV) no segmento de ações na B3 totalizou R$ 31,2 bilhões no primeiro trimestre, queda de 15,3% na comparação com o mesmo trimestre de 2021. 

O volume médio diário negociado (ADV) no segmento de derivativos listados atingiu 4,4 milhões de contratos, valor 16,4% menor que o registrado no mesmo período do ano passado. A empresa destacou que o primeiro trimestre de 2021 registrou recordes históricos de volumes no segmento de derivativos. 

O trimestre foi marcado pela ausência de IPOs, com as companhias previamente listadas na B3 optando por follow-ons. O trimestre registrou 8 ofertas do tipo, que totalizaram R$ 11,5 bilhões.

Nesta sexta-feira (13), as ações da B3 (B3SA3) caem 2,35%, a R$ 11,62.

Outros receitas do trimestre da B3

O segmento de balcão registrou crescimento de 11,6% e receita de R$ 300,7 milhões (o que representa 11,8% do total). Devido à alta das taxas de juros, os volumes dos produtos de renda fixa apresentaram alta e foram responsáveis pelo crescimento do segmento. Os instrumentos de renda fixa tiveram alta de R$ 185,2 milhões, alta de 15,4%.

Já o segmento de Infraestrutura para Financiamento totalizou R$ 109,9 milhões, queda de 10%. O segmento foi afetado pela diminuição da venda de veículos no Brasil, que registrou retração de 20,2%.

Por fim, o segmento de tecnologia, dados e serviços da B3 teve alta de 33%, alcançando R$ 435,7 milhões. A quantidade média de clientes do serviço de utilização mensal dos sistemas do segmento Balcão teve alta de 16,3%, impactado pelo crescimento do setor de fundos no País. O documento da B3 também destaca que a quantidade de TEDs diminuiu 29,3%, devido à expansão da utilização do PIX.