Americanas (AMER3): Pátria negocia comprar Natural da Terra

A Americanas comprou o Hortifruti há cerca de um ano e meio, por R$ 2,1 bilhões

As conversas entre a gestora Pátria e a Americanas (AMER3) pela compra da Hortifrúti Natural da Terra avançaram, segundo informações da “Bloomberg”. A operação também atraiu outros interessados, como a rede de supermercados carioca Zona Sul.

A Americanas comprou o Hortifruti há cerca de um ano e meio, por R$ 2,1 bilhões. De acordo com a publicação, a empresa não deve conseguir o mesmo valor numa eventual venda, por conta da urgência com que precisa levantar recursos.

O Pátria tem apostado em investimentos em varejo e já comprou participações em redes do segmento. A mais recente aquisição do fundo nesse setor foi do Supermercado Avenida, em meados do ano passado.

O CEO da Plurix, empresa do Pátria para o segmento de varejo alimentício regional, já ocupou o mesmo cargo no Hortifrúti, o que “facilita” o processo. 

O maior entrave, nesse momento, é a Americanas estar em recuperação judicial, o que pode complicar a venda, já que a unidade de negócios não é uma empresa separada e faz parte da estrutura da varejista. 

Americanas obtém proteção judical contra cortes de luz e despejos

A Americanas (AMER3) conseguiu na quarta-feira (02) proteção judicial contra cortes de luz e despejos. Em pedido enviado à Justiça, a varejista argumentou que os imóveis onde opera suas lojas são essenciais para a manutenção de sua atividade.

A Justiça do Rio de Janeiro determinou uma liminar que proíbe o despejo de lojas da Americanas em razão de dívidas locatícias anteriores ao pedido de recuperação judicial. A medida se estende também a fornecedores, como empresas de energia.

“Além de reduzirem significativamente o faturamento das empresas do Grupo Americanas, os despejos, de forma abrupta, ainda exigirão desembolso de valores relevantes, na medida em que terão que arcar com os custos de desmobilização imediata das lojas”, escreveu o juiz Luiz Alberto Alves, da 4ª Vara Empresarial do Rio de Janeiro.
No caso do corte de energia, o magistrado ordenou que não ocorra a interrupção do fornecimento,pois isso poderia impactar a operação da Americanas.