Amazon solicita nova votação para minar criação de sindicato

Gigante norte-americana é contra a sindicalização e diz que criação de associação não garante melhores salários aos empregados

A gigante de tecnologia norte-americana, Amazon (AMZN.O), listada no índice Nasdaq dos Estados Unidos, vive um período de “conflito” com seus trabalhadores. Na última sexta-feira (8), a companhia solicitou uma nova votação para minar a criação de um sindicato da empresa nos EUA. A empresa tem se mostrado contrária a sindicalização. As informações são da “Reuters”.

A Amazon alega que a Amazon Labor Union (união dos trabalhadores da Amazon, na tradução livre para o português) suprimiu a participação de parte dos funcionários na votação para a criação de um sindicato, que foi realizada nesta semana.

Os trabalhadores da segunda maior empregadora privada dos EUA buscam “proteção aos empregados da empresa”. Além disso, os funcionários reivindicam por salários mais altos.

A Amazon alegou que uma nova votação daria voz a mais funcionários da empersa. “Queremos que nossos funcionários tenham suas vozes ouvidas e, neste caso, isso não aconteceu – menos de um terço dos funcionários do local votaram no sindicato”, disse Kelly Nantel, porta-voz da Amazon, em comunicado.

Em contrapartida, o vice-presidente da “união dos trabalhadores da Amazon”, Derrick Palmer, destacou que a big tech tenta, com seus argumentos, “rebaixar o caráter e minar os esforços” dos que são pró-sindicalização. 

A decisão, agora, sobre uma nova votação para criar um sindicato de trabalhadores da Amazon, cabe ao Conselho Nacional de Relações Trabalhistas dos EUA, que também foi acusado pela empresa de estar ajudando indevidamente a união dos trabalhadores da Amazon a ganhar legitimidade para realizar a primeira eleição. Dessa forma o conselho teria “criado a impressão de que apoiava o sindicato”.