Alphabet, dona do Google (GOGL34) reporta queda no lucro líquido; ações despencam

Resultados da empresa de tecnologia no primeiro trimestre do ano vieram abaixo do esperado

A Alphabet Inc (GOGL34), dona do Google, divulgou seu balanço de resultados do primeiro trimestre de 2022 nesta terça-feira (26). A empresa de tecnologia registrou lucro líquido de US$ 16,46 bilhões nos três primeiros meses do ano, 8,33% abaixo dos US$ 17,930 bilhões do mesmo período do ano anterior. 

O lucro por ação da companhia foi de US$ 24,62, abaixo do consenso, que apontava para lucro por ação de US$ 25,55. Após a divulgação das informações, as ações da empresa caíram 6,37% no aftermarket em Nova York, cotadas a US$ 75,00. 

A receita da Alphabet totalizou US$ 68,01 bilhões, valor também inferior ao esperado pelo mercado. Memso assim, em 2021 a receita havia somado US$ 55,315 bilhões, ou seja, houve crescimento de 22,3% na base anual. “Estamos satisfeitos com o crescimento da receita do primeiro trimestre de 23% ano a ano”, afirmou o CFO da Alphabet, Ruth Porat.

Balanço da Alphabet

O Google Services segue sendo o carro-chefe da empresa, que liderou o ranking de empresas mais influentes no Brasil em 2022. No entanto, o Google Cloud mostra forte aceleração, com Google Cloud Platform e o Google Workspace ganhando força no mercado. Em comunicado, o CEO da empresa, Sundar Pichai, destacou que o primeiro trimestre “teve um forte crescimento” em pesquisas e no uso de serviços da nuvem.

Os investimentos do Google em infraestrutura, segurança, gerenciamento de dados, análise e inteligência artificial seguem sendo os principais pontos positivos. A receita entre janeiro e março do segmento foi de US$ 5,821 bilhões, alta de 43,9% em relação ao primeiro trimestre de 2021. 

A receita do Google Advertising totalizou US$ 54,661 bilhões no primeiro trimestre do ano, uma alta de 22,3% na base anual. No entanto, as receitas advindas do YouTube pesaram para o lado negativo no balanço da Alphabet. A receita da rede social totalizou US$ 6,87 bilhões, ante aos US$ 7,51 bilhões projetados, mas ainda apresentou crescimento na comparação anual. A desaceleração pode ser reflexo do aumento do uso do YouTube registrado no auge da pandemia, além da plataforma agora competir com o TikTok no ramo de redes sociais focadas no audiovisual.