XP prevê alta de 68% nas ações da Natura em 2022

Os analistas da XP Investimentos revisaram suas recomendações sobre as ações da Natura e mantiveram sugestão de outperform (acima da média do mercado e compra) dos papéis da companhia. A corretora diminuiu o preço-alvo de R$ 63 para R$ 45, representando uma alta de 68,3% ante a cotação dos ativos da empresa de cosméticos no encerramento desta segunda-feira (6), quando fechou a R$ 28,76.

A XP explicou que o cenário a curto prazo da Natura é “desafiador” por conta das incertezas econômicas no Brasil, impactando no balanço financeiro da companhia. “A deterioração do cenário macro, custos pressionados e mudanças no comportamento dos consumidores devem continuar impactando os resultados dos próximos trimestres, com uma reação mais sólida nas margens apenas a partir do 2TRI22” disse o analista de varejo da XP, Gustavo Senday.

“O forte declínio na produtividade da Natura Brasil foi explicado principalmente pela forte base de comparação, macro mais desafiador e uma migração da demanda para produtos de cuidados pessoais mais baratos. No entanto, o desempenho permanece acima de 2019, enquanto os níveis de engajamento dos consultores estão em níveis recordes e a digitalização continua a avançar”, completou.

Além disso, o especialista classificou a integração da Natura com a Avon, negócio concluído em janeiro de 2020, como “complexa”. Senday explica que a aquisição envolve mais de 15 mercados com dinâmicas diferentes de operação.

“O modelo comercial da Natura não se encaixava perfeitamente à realidade da Avon, dado que os representantes do nível de entrada são fundamentais para a marca. Sendo assim, a NTCO já está aprimorando seu modelo comercial para melhor atender às necessidades das representantes da Avon”.

Por fim, a XP afirmou que as estimativas em relação ao longo prazo permaneceram inalteradas.

————–

A BP Money apenas reproduz análises com intenção de levar matérias de cunho jornalístico para democratizar o direito a informação. Nossas publicações devem ser compreendidas como boletins anunciadores e divulgadores, e não como uma recomendação de investimento.