Tesouro Direto: títulos registram quedas nesta quinta-feira

Prefixados e IPCA+ estão tendo desempenho negativo nesta quinta-feira (04)

Os títulos prefixados e IPCA+ negociados no Tesouro Direto apresentam queda nesta quinta-feira (04). Na quarta-feira (03), os títulos registraram desvalorização.

Às 15h30 (de Brasília), o Tesouro Prefixado 2025 oferecia rentabilidade anual de 12,17%, com investimento mínimo de R$ 30,36. Na quarta-feira, a rentabilidade foi de 12,53%. O Tesouro Prefixado 2029 entrega retorno de 12,50%, abaixo dos 12,77% apresentados anteriormente. O Tesouro Prefixado 2033, com juros semestrais, registra uma rentabilidade anual de 12,61%, ante 12,89%.

Os Tesouros IPCA+ 2035 e 2045 apresentam desempenho negativo nesta quinta-feira. Os títulos registram retorno de 6,01%, abaixo dos 6,18% registrados na quarta-feira. O Tesouro IPCA+ 2055 cai, gerando rentabilidade de 6,03%, ante 6,23%.

O desempenho dos títulos brasileiros são influenciados pelo cenário macroeconômico no exterior e no Brasil. O Banco da Inglaterra (BoE, na sigla em inglês) decidiu elevar sua taxa básica de juros em 50 pontos-base, a 1,75%, em uma tentativa de combater a inflação no Reino Unido, que está no maior nível em mais de quatro décadas. A decisão do BC inglês veio em linha com a expectativa de analistas.

Na quarta-feira, a Opep+ (Organização dos Países Exportadores de Petróleo e aliados) decidiu aumentar a sua oferta em 100 mil barris por dia (bpd) no mês de setembro, seguindo recomendação do seu Comitê Conjunto Ministerial de Monitoramento (JMMC).

No Brasil, o Banco Central subiu a taxa básica de juros em 0,5 ponto percentual, levando a Selic para 13,75% ao ano em 2022. O anúncio veio dentro do esperado pelo consenso do mercado financeiro. Esta é a 12ª alta consecutiva da taxa básica de juros brasileira. Ao anunciar o aumento na taxa Selic, o BC afirmou que irá avaliará a necessidade de um ajuste residual, de menor magnitude, em sua próxima reunião.

O cenário geopolítico global também acabou afetando o Tesouro Direto. Cinco mísseis balísticos disparados pela China parecem ter caído na zona econômica exclusiva do Japão (ZEE), relatou o ministro da Defesa japonês, Nobuo Kishi. O Japão apresentou um protesto por vias diplomáticas contra a China.