Tesouro Direto: títulos públicos têm taxas em alta

Notícias sobre reajustes dos juros nos EUA e na Europa repercutem nas taxas de títulos públicos

Os títulos do Tesouro Direto são negociados em alta nesta quinta-feira (14), com os títulos do Tesouro Prefixado entregando rentabilidade de mais de 12%. Às 15h21 (de Brasília), o Tesouro Prefixado 2025 registrava alta expressiva, oferecendo rentabilidade anual de 12,31%, frente aos 12,12% do dia anterior. Os títulos do Tesouro Prefixado 2029 e 2033 também apresentavam alta, entregando juros reais de 12,14% e 12,24%, respectivamente. 

Entre os títulos que possuem remuneração atrelada à inflação, o destaque vai para o Tesouro IPCA+ 2055 com juros semestrais, a 5,73%. Já os IPCA+ 2035 e 2045 oferecem rentabilidade de 5,63%. Os títulos do Tesouro IPCA+ 2032 e 2040 entregam rentabilidade de 5,60% e 5,62%, respectivamente. Por fim, o IPCA+ 2026 apresenta taxas menores, de 5,39%. 

A alta das taxas dos títulos públicos ocorre em dia de anúncio do Banco Central Europeu (BCE) de que a autoridade monetária deve manter inalterado os juros. O BCE reconheceu que as pressões inflacionárias na zona do euro estão se intensificando e que esta tendência deve se manter, graças aos maiores custos de energia. 

Nos EUA, repercutem as falas do presidente do Fed (Federal Reserve), John Williams, de que o banco central norte-americano está considerando aumentar os juros em 0,5%. Em março, o Fed elevou os juros no país pela primeira vez em três anos, reflexo da guerra na Ucrânia e das sanções impostas à Rússia. De acordo com Williams, o processo de redução de balanço patrimonial no país deve iniciar em junho. 

Já no cenário nacional, o mercado analisa a notícia de que o governo decidiu conceder um reajuste de 5% para todos os servidores públicos federais a partir de 1º de julho. O custo da medida é estimado em R$ 7,9 bilhões, mesmo sem espaço suficiente no Orçamento. Dessa forma, outras áreas sofrerão cortes de verbas. 

Os títulos do Tesouro Direto são investimentos de renda fixa, que anunciam a rentabilidade da aplicação no momento da compra. As variações das taxas atingem somente os investidores que resgatam os investimentos antes do fim do período acordado com o Tesouro Direto. Caso o investidor resgate o título em seu vencimento, o retorno é correspondente ao valor acordado na hora da compra.