Tesouro Direto: títulos desvalorizam nesta quarta-feira

Os títulos prefixados e IPCA+ negociados no Tesouro Direto apresentam queda nesta quarta-feira (10). Na terça-feira (09), os títulos também caíram.

Às 15h30 (de Brasília), o Tesouro Prefixado 2025 oferecia rentabilidade anual de 11,86%, com investimento mínimo de R$ 30,61. Na terça-feira, a rentabilidade foi 11,97%. O Tesouro Prefixado 2029 entrega retorno de 11,97%, abaixo dos 12,09% apresentados anteriormente. O Tesouro Prefixado 2033, com juros semestrais, registra uma rentabilidade anual de 12,17%, ante 12,23%.

Os Tesouros IPCA+ 2035 e 2045 apresentam desempenho negativo nesta quarta-feira. Os títulos registram retorno de 5,84%, abaixo dos 5,88% registrados na terça-feira. O Tesouro IPCA+ 2055 cai, gerando rentabilidade de 5,91%, ante 5,93%.

O desempenho dos títulos brasileiros são influenciados pelo cenário macroeconômico no exterior e no Brasil. O CPI (Índice de Preços ao Consumidor dos EUA) foi divulgado nesta quarta-feira (10) pelo Departamento do Trabalho norte-americano. No acumulado de 12 meses, o índice apresentou alta de 8,5%, ficando abaixo das expectativas de uma alta mensal de 0,2% e anual de 8,7%.

No Brasil, o volume de vendas no varejo teve queda de 1,4% em junho em relação ao mês anterior, segundo a PMC (Pesquisa Mensal do Comércio), divulgada nesta quarta-feira (10) pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).  

Na terça-feira, a ata do Comitê de Política Monetária (Copom) e os números do IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo) ajudaram a cessar dúvidas que agentes de mercado tinham sobre o fim do ciclo de altas da Selic.

O cenário geopolítico global também acabou afetando o Tesouro Direto. O presidente ucraniano Volodymyr Zelensky afirmou nesta quarta-feira que a guerra da Rússia contra a Ucrânia começou na Crimeia e deve terminar na Crimeia. Os comentários foram feitos após uma explosão atingir uma base aérea militar da Rússia na península do Mar Negro.