Tesouro Direto: taxas de títulos públicos prefixados recuam

Juros caem com taxa de desemprego no Brasil e PCE norte-americano no radar

Os títulos públicos negociados no Tesouro Direto operam em queda nesta sexta-feira (29), após divulgação de dados econômicos no Brasil e nos EUA. Às 15h26, o Tesouro Prefixado 2025 apresentava rentabilidade anual de 12,13%, ante 12,19% do dia anterior. 

O Prefixado 2029 entregava juros reais de 12,09%, com investimento mínimo de R$ 32,76. Já o prefixado com vencimento em 2033 oferecia juros semestrais de 12,23%, abaixo dos 12,35% verificados na quinta-feira.

Entre os títulos atrelados à inflação, os títulos do Tesouro IPCA+ 2035 e 2045 têm rentabilidade anual de 5,62%, enquanto o com vencimento para 2026 entrega 5,36%. O IPCA+ 2055 com juros semestrais oferece 5,75% de rentabilidade, e cota mínima de R$ 41,91. Já os 2032 e 2040 entregam juros semestrais de 5,53% e 5,63%, respectivamente. 

Movimenta o mercado nesta sexta-feira a divulgação da taxa de desemprego no Brasil, que ficou em 11,1% no 1º trimestre de 2022. A expectativa do consenso Refinitiv era de 11,4%. Segundo dados da PNAD Contínua (Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua), a taxa veio abaixo do registrado no mesmo período do ano passado, de 14,9%.

Na cena externa, destaque para os números do PCE (Índice de Preços de Gastos com Consumo, na sigla em inglês) dos EUA. O índice teve alta de 0,9% na comparação mensal, acumulando 6,6% na base anual. Segundo o Departamento do Comércio, o núcleo da inflação, que exclui preços de alimentação e energia, subiu 0,3%. O PCE é considerado o principal indicador de inflação pelo Fed (Federal Reserve, o banco central norte-americano).

Na véspera (28), o BEA (Bureau of Economic Analysis), órgão ligado ao departamento de Comércio norte-americano, divulgou retração de 1,4% no PIB (Produto Interno Bruto) dos EUA nos três primeiros meses do ano. No último trimestre, o PIB norte-americano havia crescido 6,9% e a expectativa do mercado para o período era de alta de 1,1%.

As variações nas taxas dos títulos do Tesouro Direto afetam somente os investidores que resgatam os investimentos antes do fim do prazo acordado. Por se tratar de um investimento de renda fixa, caso o investidor aguarde até o vencimento, o retorno será igual ao valor registrado no momento da compra.